Por Edilberto Sena*
O Brasil pode chegar em breve a ser o 5º país mais rico do mundo, mas a ética na política está longe de ser posta em prática no país, deve estar em 145º lugar entre os 195 países do planeta Terra. A lei que busca moralizar a vida pública continua patinando no Congresso Nacional. Lá onde 155 deputados e senadores estão com as folhas corrida manchadas, enquanto os políticos ficha limpa e a sociedade civil organizada têm pressa.
Os fichas sujas procuram retardar a criação da lei da moralização política. Basta observar o que acaba de dizer o líder do governo no Senado, Romero Juca, Senador de Roraima, que já andou metido em situações não éticas em passado recente. Pressionado para botar em votação o projeto ficha limpa, já aprovado na Câmara Federal, ele disse o seguinte: “por que deixar de votar logo o projeto do pré-sal para vota o ficha limpa?” e concluiu dizendo que “vai por em votação o ficha limpa”, mas sem pressão. Em outras palavras, deixa o projeto ficha limpa de molho, enquanto o tempo passa e ele e outros fichas sujas saiam candidatos novamente nas eleições de outubro.
Então, enquanto no Congresso Nacional são tantos os políticos que desviaram dinheiro público para seus bolsos ou administraram mal o patrimônio do povo e continuam criando leis em sua defesa, na sociedade brasileira, qualquer empregado de uma firma que rouba um objeto e é flagrado pelo patrão é punido, perde o emprego e seu nome fica sujo diante de outros patrões.
Que confiança pode ter um eleitor no candidato, que já comprovado que se enriqueceu, com o cargo de vereador, prefeito, deputado, governador ou senador? Como se pode endireitar a política do país? O primeiro passo é cada eleitor(a) decidir não mais votar em candidato ficha suja. Pois, quem vota em ficha suja, participa do mesmo crime, não é verdade?
*Pároco diocesano e Coordenador da Rádio Rural AM de Santarém. Editorial de 13 de maio de 2010.
Assinar:
Postar comentários (Atom)