Diante da greve no órgão que chega ao 50° dia, Bayma assinou um documento no qual afirma que "nenhum servidor do Ibama está autorizado a ministrar palestras, conceder entrevistas, participar de workshop ou algo similar", "sob pena de medidas disciplinares pertinentes".
O comunicado foi enviado a todas as unidades do instituto, acirrando os ânimos dos grevistas, que acusam o presidente do Ibama de constrangimento ilegal.
"É uma tentativa de coação. Vivemos numa democracia. Se vejo algo errado, tenho o direito de falar.", disse o presidente da Associação dos Servidores, Jonas Corrêa.
A paralisação se estende a outros órgãos do Ministério do Meio Ambiente e, de acordo com o sindicato dos funcionários, tem a adesão de cerca de 3.400 servidores. A pasta cortou o ponto dos grevistas em abril e reforçou a pressão nos últimos dias, com a retirada do auxílio-alimentação. O sindicato tenta reverter essa medida na Justiça.
Em nota, o instituto disse que o documento assinado por Bayma apenas estabelece um "alinhamento administrativo", determinando que o servidor "observe a hierarquia e o estrito respeito às atribuições legais do Ibama".De acordo com o órgão, "o servidor está dispensado de observar a orientação se for falar em nome próprio". A ressalva, no entanto, não aparece no comunicado.