quarta-feira, 26 de maio de 2010

A lei da mordaça de um ditadorzinho

O presidente do Ibama, Aberlardo Bayma, proibiu os servidores do órgão de falar em público e ameaçou punir os servidores de falar em público e ameaçou punir quem desobedece-lo. A informação está no jornal “Folha de São Paulo”.

Diante da greve no órgão que chega ao 50° dia, Bayma assinou um documento no qual afirma que "nenhum servidor do Ibama está autorizado a ministrar palestras, conceder entrevistas, participar de workshop ou algo similar", "sob pena de medidas disciplinares pertinentes".

O comunicado foi enviado a todas as unidades do instituto, acirrando os ânimos dos grevistas, que acusam o presidente do Ibama de constrangimento ilegal.

"É uma tentativa de coação. Vivemos numa democracia. Se vejo algo errado, tenho o direito de falar.", disse o presidente da Associação dos Servidores, Jonas Corrêa.

A paralisação se estende a outros órgãos do Ministério do Meio Ambiente e, de acordo com o sindicato dos funcionários, tem a adesão de cerca de 3.400 servidores. A pasta cortou o ponto dos grevistas em abril e reforçou a pressão nos últimos dias, com a retirada do auxílio-alimentação. O sindicato tenta reverter essa medida na Justiça.

Em nota, o instituto disse que o documento assinado por Bayma apenas estabelece um "alinhamento administrativo", determinando que o servidor "observe a hierarquia e o estrito respeito às atribuições legais do Ibama".De acordo com o órgão, "o servidor está dispensado de observar a orientação se for falar em nome próprio". A ressalva, no entanto, não aparece no comunicado.
Comentários
0 Comentários

0 comentários: