
Embora ainda não se conheça a íntegra do documento a ser votado, Rebelo anunciou que boa parte da responsabilidade de legislar sobre florestas deverá ser repassada aos estados, além da redução de áreas de proteção permanente, reserva legal na região amazônica e uso de unidades de conservação como áreas de compensação de áreas de reserva utilizada em propriedades. A votação de mudanças tão profundas e de forma tão rápida podem ocorre exatamente na semana do meio ambiente.
“Os ambientalistas têm todo tempo do mundo, os produtores rurais não têm. Os produtores têm uma safra todo ano para colher, portanto, eles não podem esperar”, disse Aldo acatando ambientalistas adversários às mudanças e justificando a pressa e as mudanças radicais no código. A ira de Aldo vem aumentando a cada dia devido a campanhas na internet, que além de superlotar os seus correios eletrônicos, causam ranhuras no imagem do "comunista".
Em entrevista ao jornal “Valor”, Aldo Rebelo diz ter apoio para suas ideias de pelo menos de dois candidatos a presidência da República: José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Na mesma entrevista, o ruralista acusou o Ministério Público Federal de ser um braço de Ong’s a serviço de grandes corporações.
Bancada ruralista promete pressão

Já o deputado Valdir Colatto (PMDB-PR), que preside a comissão de reformulação do Código Florestal, noticiou que um acordo que teria sido firmado com o presidente da Casa, Michel Temer, a por o novo código em votação ainda este mês. Pressionado também por ambientalistas e parlamentares contrários, Temer jogou a responsabilidade para o “Colegiado de Líderes”, que reúne os “caciques” de cada bancada.
Mas lideranças do PT e do PSDB negam o acordo e acham difícil a votação em plenário ainda este ano.
(Com algumas informações do Instituto Socioambiental , Greenpeace e jornal “Valor)