Uma crônica de Leonardo Sakamoto sobre como é ser mesário nas eleições me fez lembrar deste momento em minha vida (várias eleições e plebiscito) e rir muito.
Esse negócio de novidade tecnológica rendeu outras boas, principalmente quando as mães levavam a gracinha de seus filhinhos hiperativos e autoritários para votar. Literalmente. Uma delas trouxe um menino de oito anos que ficou brincando com a urna eletrônica, feito videogame. Quando ele já havia conquistado pontos o suficiente para passar de fase, o nosso presidente de seção, educadamente, avisou que aquilo não era brinquedo. A mãe, enfurecida, gritou algo do tipo: “eu pago meus impostos e por isso meu filho vai brincar quanto tempo ele quiser. Brinca, filho!” E o menino brincou. Quem disse que eleição não pode ser algo lúdico e familiar?
Isso sem contar o pessoal que havia encucado com a TV a propaganda do Tribunal Superior Eleitoral, que usava personagens de nossa história cultural para servir de exemplo. Esses queriam porque queriam votar no tal do Monteiro Lobato ou no Vinícius de Morais. “Vocês estão me enganando. Eu quero o número daquele tal de Lobato que eu vi na propaganda.” Até explicar que focinho de porco não é tomada, a fila lá fora já estava, de novo, fazendo a curva. “Mas, minha senhora, esse aí morreu faz tempo…” “Se morreu, porque a TV mostrou?” Touché.
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