A minha amiga Marjory me falou agora a pouco que no Ceará não se fala em outra coisa: o barraco dos tucanos numa missa em Canindé. Essa cidade tem uma das maiores festas religiosa do país agora em outubro, o mês de São Francisco de Assis.
Neste sábado, para pegar carona no fundamentalismo religioso que tomou conta da campanha eleitoral neste segundo turno, o tucanato resolveu baixar por lá e claro, ir à missa para fazer uma cena (já que os pecados não teem mesmo como ser perdoados).
Estavam lá: Tasso Jereissati, ex-governador e quase ex-senador, já que não foi reeleito; Lúcio Alcântara, ex-governador, ex-PSDB, ex-apoiador da Dilma no primeiro turno, ex-adversário de Tasso e agora aliado de Serra no segundo turno; e claro, José Serra, o candidato do talibã cristão.
Diz a imprensa local que a trupe chegou atrasada à missa, chamando logo atenção dos fiéis. Postaram-se em posição de destaque, cercados por fotógrafos e repórteres que certamente atrapalharam a cerimônia para a ira, um pecado capital, do padre.
Segundo o jornal “O Povo”, o padre teria declarado que “...quem estava lá para causar tumulto se retirasse, porque o povo lá estava para ouvir São Francisco, e não políticos.”
Já no fim da missa, o padre mostrou um panfleto de Serra com críticas a Dilma em temas relativos a religiosidade. E disse que ninguém podia falar em nome da Igreja e que aquela não era a posição da Igreja.
Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por assessora e por sua esposa. Serra teria ficado parado, sem entrar diretamente na confusão. Sentado estava, sentado ficou.
A confusão se instaurou. Do lado de fora, manifestantes tucanos e petistas se enfrentaram numa batalha campal que se não lembrava as cruzadas demonstrava que a decida ao inferno de todos está muito próxima.