quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

2011: A Reforma Agrária que era pouca quase se acabou...


No início de dezembro, o governo criou o cargo de secretário-executivo-adjunto da Casa Civil para filtrar demandas e também acompanhar a gestão da reforma agrária. Apenas um decreto de desapropriação de terra foi assinado por Dilma em 2011 - e foi para uma área quilombola. Dos 150 processos já prontos desde janeiro, a Casa Civil escolheu 60, publicados somente na segunda-feira, dia 26, última semana do ano. 

Apenas 20 mil famílias haviam sido assentadas neste ano até então, informa o Incra - bem menos do que as 30 mil famílias do primeiro ano de Luiz Inácio Lula da Silva no poder, em 2003. Dos R$ 400 milhões suplementares para pagar ações judiciais e desapropriações em 2011, nada foi liberado.



Leia tudo em Reforma Agrária patina no governo Dilma (Valor)


De fato, as diretrizes política e econômica do governo são as mesmas do grande capital. Como consequência desta opção, os maiores impactados foram os trabalhadores e trabalhadoras rurais, as comunidades tradicionais, indígenas, posseiros, ribeirinhos, toda a diversidade de povos que vivem no campo brasileiro e a mãe Terra.
De um lado, isso reflete uma violência e o abandono do povo excluído. Do outro, tem provocado um momento de retomada de mobilizações e independência dos pequenos, frente à traição de quem julgavam ser aliados. Essa importante retomada vem acontecendo em toda América Latina.



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