A greve dos bancários iniciada na quinta-feira (24) está forte com a adesão de vários estados. A proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de apenas repor a inflação do período não foi aceita pela categoria.
Em São Paulo, Osasco e região a paralisação em bancos públicos e privados somam cerca de 30% de adesão a greve. Segundo o coordenador do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) Laércio Pereira, na Caixa Econômica a greve é significativa. No Banco do Brasil nos complexos da São João e Verbo Divido a paralisação atinge 90%.
Segundo Pereira, haverá uma passeata às 15h, partindo da Praça Oswaldo Cruz até a sede da Fenaban e será encerrada com uma assembleia. A adesão a greve é maior nos Bancos Públicos. Os privados aderiram ao movimento parcialmente.
Em Bauru 29 agências foram fechadas (62% do total existente) com cerca de 920 bancários parados (69% do total existente); outras três cidades da região também aderiram. O diretor do Sindicato de Bauru e funcionário do Santander, Marcos Lenharo, acredita que a greve aumentará a cada dia. “A paralisação irá se ampliar, pois várias agências que trabalharam parcialmente não terão como funcionar com ampliação do movimento", diz.
No Rio de Janeiro, membros do MNOB afirmam que a participação é grande. Alguns setores terceirizados são impedidos de entrar para trabalhar. Na Baixada Fluminense os comerciários ajudaram na greve e nos piquetes.
Em Brasília a adesão é de quase 100% dos bancários da Caixa Econômica Federal, é o diz o funcionário do banco e membro da MNOB, Rodrigo Cláudio. “A greve é forte em todos os bancos no Distrito Federal e foi votada uma passeata para esta segunda-feira (28) na Esplanada dos Ministérios.”
No Rio Grande do Norte, na capital e interior, a greve é superior a anterior. A Caixa Econômica Federal da capital e interior teve 100% de adesão. Já no Banco do Brasil 90% aderiram à greve.
O diretor do Seeb, do Rio Grande do Norte, Liceu Carvalho, disse que a assembléia do dia 24, ocorreu com pouca freqüência, porém com muita disposição de luta. Amanhã dia 25 serão fechadas as agências do Itaú. “A tendência é de crescimento do movimento, inclusive com a adesão de mais cidades do interior”, informa.
O diretor do Seeb, do Rio Grande do Norte, Liceu Carvalho, disse que a assembléia do dia 24, ocorreu com pouca freqüência, porém com muita disposição de luta. Amanhã dia 25 serão fechadas as agências do Itaú. “A tendência é de crescimento do movimento, inclusive com a adesão de mais cidades do interior”, informa.
Carvalho acrescenta que o único incidente ocorrido, foi à proibição da Caixa Econômica de afixar cartazes nas portas das agências, mas que foi resolvido por meio do diálogo com o superintendente em exercício e o chefe da segurança. “Conseguimos reverter essa ridícula decisão e colocamos cartazes em todas as unidades."
No Piauí, segundo a integrante do MNBO, Solimar Silva, a adesão chegou a 90% das cerca de 180 agências (setor público e privado) existentes no estado.” A greve da Caixa é de quase 100%”, afirma.
Segundo Solimar, no Banco do Brasil a paralisação também é forte. Os bancos privados tiveram maior participação neste ano do que ano passado. “Nos outros anos, a greve foi aumentando o índice de adesão, porém neste ano o quadro é diferente e a greve começou fortíssima. O índice chega a surpreender,” revela.
No Ceará terá passeata nesta sexta-feira (25), com concentração na Praça do Ferreira à partir das 15h, junto com os grevistas do Correios. “Caminharemos até a sede do Sindicato e faremos nossa assembleia para encerrar a semana de mobilização, vamos reforçar a greve”, disse o membro da Oposição Bancária, Fernando Saraiva.
No Rio Grande do Sul, o funcionário do Banrisul, Carlos Almeida, , diz que a greve começou muito forte na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. Segundo Almeida, os funcionários tem assembléia na próxima terça-feira (29) para definir sobre a paralisação.O coordenador do MNOB de São Paulo, Pereira, diz que a greve está começando bem e todos os estados estão participando da mobilização, “Os relatos mostram que o movimento dos bancários é forte e que, se os banqueiros e governo não cederem, a greve vai se ampliar”, afirma satisfeito com a adesão da maioria país.
Fonte: Conlutas