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Heloísa Helena foi lançada na sexta-feira candidata ao Senado pelo Psol em Alagoas. “Todos sabem, porque não sou hipócrita nem dissimulada, que o meu partido tem um candidato”, disse a dirigente do Psol a repórteres que acompanharam o evento. “Mas eu não vou negar a importância que Marina tem, não apenas pessoalmente, no meu coração, mas por ser a grande chance que o Brasil tem de promover um debate sério sobre o desenvolvimento econômico sustentável com responsabilidade social”, ponderou.
No Twitter, o candidato a presidente Plínio Arruda Sampaio disse que, se tiver declarado apoio a outro candidato, Heloísa não pode continuar à frente do Psol. “A direção nacional se reunirá para discutir as declarações atribuídas a Heloísa Helena, que se especializa em criar constrangimentos ao Psol”, publicou o candidato, numa primeira mensagem. “Se Heloísa tiver declarado apoiar outra candidatura, não pode seguir na presidência do Psol por não defender a política do partido”, disse em outro comentário.
Peculiar
Ao comentar as declarações de ambos, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que Heloísa Helena precisa ser cobrada a manifestar apoio “de corpo e alma” ao candidato do partido, mas negou que houvesse espaço dentro da legenda para um possível movimento para tirá-la da presidência da sigla.
“A Heloísa é a Heloísa. É uma pessoa muito sentimental, visceral, e às vezes isso é prejudicial”, disse Alencar. “Heloísa tem uma personalidade absolutamente peculiar, por isso não devemos perder energia com isso. Ela foi eleita presidente por unanimidade, porque é a figura política mais forte do partido”, completou.
O Psol tentou negociar apoio à candidatura de Marina Silva à Presidência, mas as negociações foram interrompidas após Fernando Gabeira (PV), candidato ao governo do Rio de Janeiro, ter fechado aliança com o PSDB e o DEM.
Fonte: O Povo (CE)
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