Órgão estaria privilegiando movimentos que firmam acordo para eleger Coutinho
Trabalhadores rurais sem-terra acusam a direção do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas de usar a estrutura do órgão como barganha para extorquir apoio na campanha eleitoral. As denúncias apontam na direção do ex-superintendente do Incra e candidato a deputado federal pelo PT, Gilberto Coutinho, e do gestor que o substitui no cargo, Estevão de Oliveira, considerado um ferrenho cabo eleitoral de Coutinho.
Entidades que atuam com os sem-terra repudiam a prática dos representantes do Incra, mas o Movimento pela Libertação dos Sem-Terra (MLST) é mais contundente nas críticas. Assentados e lideranças do MLST afirmam que o Incra está sendo usado como um escritório político, onde ocorrem negociatas com ofertas de vantagens e trocas de favores por votos para o ex-superintendente e outros candidatos apoiados por ele.
Segundo o coordenador estadual do MST, Marcos Antônio da Silva, o Marrom, quem aceita fazer campanha para o candidato do Incra recebe privilégios como prioridade na vistoria de terras, convênios, verbas de custeio, acompanhamento técnico, cursos, material de construção e até sementes para consumo.
"A atual gestão chama lideranças para reuniões individuais, dentro da sede do Incra, ou oferece um almoço, um café da manhã, recebe a pauta de reivindicações e condiciona o cumprimento dela à questão eleitoral", afirma Marrom.
Fonte: Gazeta de Alagoas
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Alagoas: Incra negocia compra de voto, acusam os sem-terra
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