A Comissão Pastoral da Terra está disponibilizando os dados de conflitos no campo referentes ao ano de 2007. O caderno “Conflitos no Campo*” é uma publicação respeitada, pois vem registrando de forma sistematizada os conflitos no meio rural desde o ano de 1985.
Na tabela Ocorrências de Conflitos por terra verifica-se que 54% destes conflitos aconteceram na Amazônia, 26% no Centro-Sul e 20% no Nordeste. 44% das famílias envolvidas nos conflitos são de sem-terra, 41% de populações tradicionais; 8% de assentadas.
Na Amazônia, das famílias envolvidas em conflitos, 58% são de populações tradicionais; 28% de sem-terra; 10% de assentadas. Já na região geoeconômica Centro-Sul: 70% das famílias envolvidas nos conflitos são de sem-terra; 22% de populações tradicionais e 6% de assentados.
No Nordeste acontece mais ou menos o mesmo quadro: 60% são de famílias sem-terra, 27% de populações tradicionais. “Esses dados apontam para a importância estratégica das populações tradicionais no contexto das lutas no campo por suas implicações socioculturais e políticas”, diz o professor.
Um olhar superficial sobre o conjunto dos conflitos e da violência no campo em 2007, indica diminuição nos números. Mas um olhar mais acurado mostra a gravidade do que se vive. Os números de famílias expulsam da terra, pela ação do poder privado, teve um aumento mais que significativo de 140% sobre o ano anterior. 1.809 famílias expulsas em 2006, 4.340, em 2007. Também aumentou o número de pessoas ameaçadas de morte, de 207 para 259, mais 25%.
Veja as tabelas:
- Áreas em conflito
- Violência contra ocupação e posse
- Ocorrência dos conflitos por Terra / parte I
- Ocorrência dos conflitos por Terra / parte II
- Ocupações
- Acampamentos
- Conflitos pela Água
- Trabalho Escravo
- Superexploração
- Desrespeito Trabalhista
- Ações de resistência
- Violência contra a pessoa
- Violência contra a pessoa (detalhamento)
- Assassinatos
- Tentativas de assassinato
- Ameaças de Morte
- Manifestações
* PARA ADQUIRIR A PUBLICAÇÃO ENTRE EM CONTATO COM:
joana@cptnacional.org.br
Fonte: CPT
Em breve farei uma análise detalhada da evolução dos conflitos no Oeste do Pará e a publicarei aqui no blog.
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