sábado, 2 de agosto de 2008

Incra pede reintegração de posse contra MST em pelo menos dois estados


Várias Superintendências do Incra estão ocupadas pelo MST dentro das mobilizações promovidas pelo movimento desde a semana passada, pedindo o assentamento de famílias acampadas. Em pelo menos duas delas, São Paulo e Rio Grande do Sul, o Incra entrou com ações judiciais de reintegração de posse dos prédios, ou seja, o despejo dos ocupantes.

Em São Paulo, além da sede, várias unidades e escritórios do Instituto no interior também estão ocupados. Neste estado, o MST divulgou nota que declara: “Sempre estivemos dispostos a negociar com o governo federal, mas jamais vamos abrir mão de nossos princípios e dos compromissos que assumimos enquanto classe trabalhadora, pois uma negociação onde o governo federal diz que quer ''dialogar'' e ao mesmo tempo nos ataca com reintegrações de posse e ameaças não é negociação, mas sim parte de um processo de criminalização dos movimentos sociais em curso no Brasil atual.”

No Rio Grande do Sul, a desembargadora do TRF da 4ª turma, Maria Lúcia Luz Leiria, negou o pedido. A decisão refere-se a um recurso do Incra, que também já havia perdido em primeira instância. A magistrada considerou “incabível a interposição de mandado de segurança contra sentença que indefere a inicial”.

Além da postura da justiça, o curioso nesta história que ambas as superintendências são comandadas por petista da auto-proclamada e finada “esquerda do PT”, que parece que quando estão no Estado fazem questão de cumprir o papel de repressor.

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