sábado, 23 de agosto de 2008

Fazendeiros ameaça de morte funcionários do Incra no Espírito Santo

Funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) responsáveis por acompanhar os processos de titulação dos territórios quilombolas em Conceição da Barra e São Mateus, no norte capixaba, estão sendo ameaçados de morte por membros do Movimento Paz no Campo, formado por fazendeiros e empresas, como a Aracruz Celulose.

A denúncia de ameaça de morte aos funcionários do Incra foi feita na audiência pública que discute a criminalização de defensores dos direitos humanos e dos que lutam pelo acesso à terra. A audiência começou às 13 horas desta terça-feira (19), em São Mateus e contou coma a participação de órgão públicos e movimentos sociais.

Também lideranças quilombolas estão sendo ameaçadas na região. Há inclusive algumas marcadas para morrer. É o caso de Berto Florentino, conhecido integrante do grupo Ticumbi de Conceição da Barra e que lidera a colheita de sobras do eucalipto da Aracruz Celulose plantado nas terras quilombolas. Ele está marcado para morrer pela Aracruz Celulose, em conluio com policiais.

Os quilombolas foram expulsos do campo pela Aracruz Celulose, que tomou suas terras ou as comprou a preços vis, após uso da força, há 40 anos, durante a ditadura militar. Hoje os quilombolas não têm sequer terras para plantar alimentos para sua subsistência, como milho, arroz, feijão e mandioca.

Fontes: Correios eletrônicos.
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