Após pressão, Incra dá área para a Vale no Pará
da Folha de S.Paulo
Por conta de agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Pará, o Planalto pressionou o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a ignorar relatório e oficializar área de dois assentamentos para projeto de níquel da Vale.
Segundo a Folha apurou, a pressão ocorreu para evitar constrangimentos da mineradora a Lula.
Por meio de um relatório carimbado pela presidência do Incra, o governo federal havia acusado a Vale de ter invadido uma área de assentamentos da União no sudeste do Pará para desenvolver um projeto bilionário de produção de níquel.
Segundo o documento, a mineradora Onça Puma, da Vale, indenizou diretamente, entre 2003 e 2007, 53 assentados para que saíssem de seus lotes.
Apesar de possuir o chamado "direito de lavra" da área do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), a mineradora só poderia trabalhar na área com autorização da chefia do Incra.
Sem a mediação constante do órgão federal, a mineradora coagiu os lavradores a aceitarem as indenizações, segundo alguns deles afirmaram à Folha. A empresa nega a pressão.
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Incra cede aos interesses da Vale no Pará21/08/2008 - Em nota, os trabalhadores rurais assentados nos Projetos de Assentamento Campos Altos e Tucumã, nos Municípios de Ourilândia, Tucumã, São Félix do Xingu e Parauapebas, manifestam total indignação com a decisão do presidente do Incra, que desafetou 7.300 hectares dos referidos assentamentos, atendendo pedido da Mineração Onça Puma, empresa do Grupo Vale.
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