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O sistema de nomeação dos membros da CTNBio é tão estapafúrdio que permite que isso aconteça mesmo... Funciona assim: dos 27 membros, 12 são indicados diretamente pelo MCT, 10 são indicados por ministérios relevantes e ratificados pelo MCT, e 5 são indicados pela sociedade civil e ratificados pelo MCT. Ou seja, na prática, o MCT dá sempre a palavra final sobre quem vai compor a CTNBio.
No final do ano passado, o professor teve que deixar a Comissão porque o prazo de seu primeiro mandato na comissão estava expirando. Mas segundo as regras que regem a CTNBio, ele poderia ser renomeado por mais 2 anos. E foi exatamente isso que o MMA fez: indicou o prof. Nodari novamente, para representar o ministério por mais 2 anos.
Acontece que o prof. Nodari há muito tempo vem colocando o dedo na ferida daqueles que defendem os transgênicos a qualquer custo. Na verdade, ele tem pedido aquilo que qualquer um que preze pela imparcialidade e pelo rigor científico pediria: estudos de impacto ambiental, garantias científicas de que não há riscos para a saúde, informações precisas sobre as modificações genéticas, etc. Coisa que qualquer empresa que investiu milhões em uma variedade transgênica deveria ter.
Agora, a pergunta mais sem resposta no momento é por que o novo Min. do Meio Ambiente, Carlos Minc, não reclamou? Por que acatou o veto do min. Sérgio Rezende sem falar nada? A fila de transgênicos a ser liberados pode responder!
Fontes: Correios eletrônicos.