No sítio da Carta Maior, há um artigo de Olgária Matos sobre o documentário “Forlândia”, empreendimento fundado por Henry Ford na região de Santarém nos anos de 1930 com o plantio de seringueiras para abastecer a nascente indústria automobilística americana.
Diz trecho do artigo:
Indiferentes a esse mito, os cineastas se fazem cronistas de uma cidade extinta. Em vez de dar a voz principal a antropólogos e economistas, historiadores e urbanistas - que explicariam o fracasso da tarefa no desconhecimento “da geografia humana” da região, dos seringais dizimados às condições alimentares impostas pelo colonizador moderno -, e desconfiando do dualismo do explorador e do explorado, a fita produz um deslocamento da memória testemunhal e dos filmes de arquivo, evocando a potência alucinatória da ficção, profetizando o passado, invertendo as relações causais. Evitando a idéia de que a objetividade é a verdade, os diretores operam com a desordem espacial e das lembranças para ingressar na cidade fantasmática de que não restam sequer ruínas, mas reminiscências de antigas edificações - da fábrica, da escola, do hospital,das moradas operárias e da “casa grande”.
Leia "Fordlândia: desindustrialização e crítica do presente" no sítio da Carta Maior,
Diz trecho do artigo:
Indiferentes a esse mito, os cineastas se fazem cronistas de uma cidade extinta. Em vez de dar a voz principal a antropólogos e economistas, historiadores e urbanistas - que explicariam o fracasso da tarefa no desconhecimento “da geografia humana” da região, dos seringais dizimados às condições alimentares impostas pelo colonizador moderno -, e desconfiando do dualismo do explorador e do explorado, a fita produz um deslocamento da memória testemunhal e dos filmes de arquivo, evocando a potência alucinatória da ficção, profetizando o passado, invertendo as relações causais. Evitando a idéia de que a objetividade é a verdade, os diretores operam com a desordem espacial e das lembranças para ingressar na cidade fantasmática de que não restam sequer ruínas, mas reminiscências de antigas edificações - da fábrica, da escola, do hospital,das moradas operárias e da “casa grande”.
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