Mobilizados em várias partes do país desde o dia 24 de setembro, os povos indígenas equatorianos vem enfrentando uma dura repressão nos últimos dias. Diversas organizações estão em luta pela defesa dos recursos naturais e pela implantação de um estado plurinacional, que reconheça os diversos povos no interior do país, já previsto na Constituição local desde 2008.Os indígenas lutam pelo direito de reconhecimento dos territórios tradicionalmente ocupados e contra a exploração destes espaços por empresas privadas.
A luta contra a exportação de petróleo, contra a privatização da água, a reação aos ataques ao sistema público de saúde e ao sistema educacional bilíngüe também tem mobilizado outros setores sociais, informa a CONAIE.
Nos últimos dias ocorreram bloqueios de rodovias e estradas, ocupações de prédios públicos, paralisações de transportes em muitos pontos do país o que deu início a inúmeros confrontos com a polícia.
Na região amazônica do Equador ocorreram os conflitos mais sangrentos. A Confederacion de Nacionalidades de La Amazônia Ecuatoriana divulgou por meio de um Boletim que mais de 500 policiais atacaram a manifestação do povo de nacionalidade Shuar, resultando em 9 feridos à bala e 2 indígenas mortos.
As organizações indígenas denunciam o governo de Rafael Correa de não permitir negociações pacíficas e avançar na repressão às lutas em curso no país.
(Informações recebidas por vários correios eletrônicos)
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