segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Manifestantes protestam contra presença militar do Brasil no Haiti

O Fórum Social Mundial Temático da Bahia foi palco hoje (29) de protestos contra a presença militar brasileira no Haiti.

Ativistas do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) organizaram uma manifestação em frente à praça Campo Grande, em Salvador.

De acordo com o secretário-executivo da Conlutas, Paulo Barela, o ato foi realizado em defesa da autodeterminação do povo haitiano e contra o envio de tropas ao país. "A reconstrução do Haiti deve ser entregue ao povo haitiano, às organizações de trabalhadores e de classes", explicou.

Segundo ele, os ativistas que fizeram o protesto hoje já eram contra a presença militar brasileira e de qualquer outro país no Haiti antes das catástrofes naturais. "Eles os haitianos não precisam de tropas, precisam de médicos, remédios, comida", alegou Barela. A manifestação teve a participação de jovens estudantes e provocou congestionamentos no centro da capital baiana, já que ocorreu no horário de maior trânsito.

O PSTU, a Conlutas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e a organização Intersindical estão arrecadando R$ 100 mil para enviar ao país arrasado pelo terremoto do dia 12 de janeiro. "Não é apenas para a reconstrução das casas, mas também para ajudar a reerguer as organizações do país", contou Barela.

Hoje de manhã, duas ativistas estenderam uma grande faixa na Universidade Católica de Salvador, onde ocorria o credenciamento para o fórum. A faixa dizia "solidariedade sim, ocupação militar não". De acordo com uma delas, Maria Célia Adelino, "o Haiti já se reergueu sozinho uma vez, após sua revolução contra os franceses, no século 19", e será capaz de fazer isso novamente.

Fonte e foto: Agência Brasil

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