segunda-feira, 22 de março de 2010

Agora vai: Incra apresenta metas para 2010

Ao comentar as metas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para 2010, o presidente do órgão, Rolf Hackbart, afirmou que a prioridade deve ser desenvolver assentamentos em todo o país durante o ano.

Ele lembrou que o orçamento da pasta em 2003 era de R$ 1,5 bilhão e, em 2010, chegou a R$ 4,6 bilhões. Hackbart disse que a reforma agrária é fundamental e destacou que até agora foram criados 3.348 assentamentos, beneficiando 575 mil famílias.

Fonte: Zero Hora, Porto Alegre.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

jader resende disse...

Uma boa noticia.
A terra é o maior bem da humanidade e não pode ser propriedade de poucos.
Abraços

Anônimo disse...

Seria uma boa notícia se correspondesse à realidade. Na verdade, o que há é uma completa manipulação de números forjados para notícias com falso otimismo.

Quando se fala nestes números de famílias assentadas e nestes milhões de hectares, não há correspondência real nisso. Basta dizer que a maior parte destas áreas são unidades de conservação da natureza administradas pelo Instituto Chico Mendes e que o INCRA reconhece as famílias como assentadas. Contam ainda áreas de projetos estaduais e reassentamentos de atingidos por barragens e muita terra pública na Amazônia Legal, que não são retomadas de grileiros e madeireiros, sendo assentamentos fictícios, só no papel.

O pior é que quando se diz que em 2010 a ênfase será em “desenvolvimentos de assentamentos” se está dizendo na verdade que não serão assentadas muitas famílias e que a prioridade será obras com o objetivo eleitoral, que não estruturam os projetos.

Deu no jornal... disse...

Governo assenta sem-terra longe de acampamentos

O governo Lula concentra assentamentos da reforma agrária longe dos acampamentos dos sem-terra, o que acentua o descontentamento de movimentos e entidades do campo, em especial o MST, com a política agrária do governo. Dados oficiais revelam que, das 574 mil famílias que o governo diz ter assentado entre 2003 e 2009, 50% foram encaixadas em lotes de Pará, Maranhão e Mato Grosso, Estados da Amazônia Legal, região que concentra apenas 17% dos acampados do país. Bahia e Pernambuco, que reúnem 37% daqueles que vivem em barracos de lona à espera de um lote de terra, acomodaram 8% dos assentados até agora pelo governo federal. O Incra alega dificuldade para obter terras em locais como Sul e Sudeste.
Fonte: Folha de São Paulo