terça-feira, 30 de março de 2010

Nota de repúdio das Irmãs de Notre Dame de Namur

As Irmãs de Notre Dame de Namur, família religiosa de Dorothy Stang assassinada em 2005, vem a público repudiar e chamar atenção das autoridades para o escárnio público representado pelas entrevistas, jornais, TVs, do matador confesso de Dorohty em 2005, Rayfran das Neves, em seu primeiro dia de licença de Páscoa, ontem.

É um abuso inaceitável para sociedade o uso da licença para dar entrevistas organizadas a jornais e TVs, em escritório de advogados, convocando jornalistas, para induzir a sociedade e jurados a erro horas antes do júri do mandante Vitalmiro Bastos de Moura.

Rayfran mente descaradamente sobre questões já resolvidas, fartamente provadas nos autos. Repete que foi ameaçado por Dorothy e 150 homens, que não planejou o crime. Que o fez sozinho.

Rayfran está condenado por homicído duplamente qualificado. O júri em que sustentou a tese de homicídio simples foi anulado por provas contrárias. O crime planejado contou com mandantes, intermediário e executores, sentença do Tribunal de Justiça do Pará, em 2009. Em dezembro 2009, seus advogados abriram mão de recurso aceitando condenação por homicídio qualificado, por promessa de pagamento, com agravantes.

Este “bom moço” que declarou “querer ser advogado para ajudar pessos contra injustiças” deu seis tiros, cinco pelas costas, de uma senhora de 73 anos. Friamente, cruelmente, para receber pagamento prometido pelos mandantes Regivaldo Galvão e Vitalmiro Bastos, com arma dada e escondida por Vitalmiro, crime intermediado por Amair Feijoli.

É um escárnio a Justiça, ao tribunal do júri, a sociedade brasileira que Rayfran e seus comparsas igualmente soltos ontem, usem a licença para receber nova recompensa mentindo nos jornais e TVs para melhorar a posição da defesa de Vitalmiro Bastos.

Irmãs de Notre Dame de Namur, em Belém, 30 de março de 2010

Entenda mais: Caso Dorothy: Bida vai a julgamento e assassinos são soltos na Páscoa
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