Não é só de Roseana Sarney que vive as eleições no Maranhão neste ano. A filha de José Sarney que subiu ao governo do estado após o afastamento do ex-governador Jackson Lago está às turras para conseguir apóio do Partido dos Trabalhadores (PT). O lançamento do deputado federal Flávio Dino do (PCdoB) na disputa pelo governo do estado abriu uma crise no PT do Maranhão, com ameaças inclusive de intervenção do diretório nacional do partido.
A celeuma teve início quando em votação em encontro estadual, o PT decidiu apoiar Dino e não Roseana. A votação com diferença de dois votos virou uma briga entre os dois grupos petistas. Os vencedores passaram a fazer duras acusações de tentativas de compra de votos para apoiar Roseana. Já os perdedores pediram intervenção do diretório nacional do PT e logo após o encontro, juntaram-se à Roseana que chegou a vestir a camisa petista (a branca, e não a vermelha).
Numa tentativa de “saída de meio-termo”, o PT cogita lançar uma espécie de candidatura laranja, lançando Raimundo Monteiro, presidente do PT do Maranhão e aliado de José Sarney. Com a tática, o PT formalmente não apoiaria nenhum dos dois candidatos, mas tomaria preciosos minutos de propaganda do candidato do PCdoB, além evitar a vinda de Lula e Dilma ao palanque do candidato, algo que estaria acordado a nível nacional. Este rumo porém, não agradaria plenamente à família Sarney, que exige apoio irrestrito e age nos bastidores para conseguir isso, inclusive pedindo intervenção do PT nacional no diretório do Maranhão.
A intervenção não eliminará os problemas do diretório nacional do PT no estado. Os petistas que conseguiram maioria para deliberar em um encontro estadual o apoio a Dino prometem fazer greve de fome em Brasília, São Luís e no interior maranhense.
Enquanto nos partidos dominantes o clima é de briga e de lama, os partidos da esquerda socialista rumarão em unidade. PSOL, PSTU e PCB farão no plano local o que não ocorrerá a nível nacional. Os três partidos já apresentarão cada uma pré-candidatura à presidência da República: Plínio de Arruda Sampaio (PSOL); José Maria Almeida (PSTU) e Ivan Pinheiro (PCB).
No plano local, será diferente. Manifesto lançado esta semana e assinado pelos três partidos anuncia a construção de uma “Frente de Esquerda, Classista e Socialista, anti-Capitalista e anti-Imperialista para o Maranhão”.
Leia o manifesto na íntegra em: PSOL, PCB e PSTU juntos nas eleições do Maranhão
*Com informações do blog de Carlos Leen.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
No Maranhão, PT é contra PT e partidos de esquerda sairão juntos
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