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A celeuma teve início quando em votação em encontro estadual, o PT decidiu apoiar Dino e não Roseana. A votação com diferença de dois votos virou uma briga entre os dois grupos petistas. Os vencedores passaram a fazer duras acusações de tentativas de compra de votos para apoiar Roseana. Já os perdedores pediram intervenção do diretório nacional do PT e logo após o encontro, juntaram-se à Roseana que chegou a vestir a camisa petista (a branca, e não a vermelha).
Numa tentativa de “saída de meio-termo”, o PT cogita lançar uma espécie de candidatura laranja, lançando Raimundo Monteiro, presidente do PT do Maranhão e aliado de José Sarney. Com a tática, o PT formalmente não apoiaria nenhum dos dois candidatos, mas tomaria preciosos minutos de propaganda do candidato do PCdoB, além evitar a vinda de Lula e Dilma ao palanque do candidato, algo que estaria acordado a nível nacional. Este rumo porém, não agradaria plenamente à família Sarney, que exige apoio irrestrito e age nos bastidores para conseguir isso, inclusive pedindo intervenção do PT nacional no diretório do Maranhão.
A intervenção não eliminará os problemas do diretório nacional do PT no estado. Os petistas que conseguiram maioria para deliberar em um encontro estadual o apoio a Dino prometem fazer greve de fome em Brasília, São Luís e no interior maranhense.
Enquanto nos partidos dominantes o clima é de briga e de lama, os partidos da esquerda socialista rumarão em unidade. PSOL, PSTU e PCB farão no plano local o que não ocorrerá a nível nacional. Os três partidos já apresentarão cada uma pré-candidatura à presidência da República: Plínio de Arruda Sampaio (PSOL); José Maria Almeida (PSTU) e Ivan Pinheiro (PCB).
No plano local, será diferente. Manifesto lançado esta semana e assinado pelos três partidos anuncia a construção de uma “Frente de Esquerda, Classista e Socialista, anti-Capitalista e anti-Imperialista para o Maranhão”.
Leia o manifesto na íntegra em: PSOL, PCB e PSTU juntos nas eleições do Maranhão
*Com informações do blog de Carlos Leen.