Pelo menos 5 mil trabalhadores foram demitidos nos últimos meses pelo frigorífico JBS, o maior do Brasil, nas unidades de em Lins (SP), Maringá (PR) e Alta Floresta (MT). Em Presidente Epitácio , interior de São Paulo, a demissão foi de 1.375 trabalhadores, representando a paralisação das atividades no município.
As demissões em massa são justificadas pela empresa com conseqüência da crise econômica mundial, redução das exportações e no caso de Presidente Epitácio, por supostas perdas de isenções fiscais.
O curioso, é que o frigorífico JBS recebeu recentemente vários investimentos por parte do BNDES, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). O banco detem 30,4% do capital da empresa.
No último dia 8 deste mês, sindicalistas e trabalhadores da área da alimentação pararam, em protesto, a ponte que liga São Paulo a Mato Grosso do Sul, na Rodovia Raposo Tavares.O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Fetiasp), Melquíades de Araújo, adiantou que os protestos não vão parar. “Estamos preparando uma nova manifestação. O que não pode é fazer o que eles estão fazendo”, afirmou. Para o presidente da Fetiasp, que é ligada à Força Sindical, o BNDES não pode financiar uma empresa como a JBS para demitir, nem o frigorífico pode usar o dinheiro do banco para aumentar o seu patrimônio e esquecer o lado social. “A empresa tem que ter responsabilidade social”, concluiu.
*Com informações de Agência Brasil
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