Resposta ao MST (publicado originalmente no blog do Nassif):
1) Como você pode ver na resposta do MST, eles não desmentem nenhum ponto da reportagem. Quanto ao número de assentados, citam os dados do INCRA, que são uma ficção, ou os do DataLutas (que presta assessoria ao MST). Nem a CPT acredita nessas contas e, por isso, fez o outro balanço, conforme publicamos. A nota do MST, por sinal, não tem coragem de desqualificar os levantamentos da CPT. Eles não dementem o assentamento de fim-de-semana, não desmentem os acampamentos fantasmas, não desmentem os flagrantes de venda de glebas, os arrendamentos, a sub contratação de mão de obras, o racha com a Igreja, etc, etc.
2) Também não refutam os pontos essenciais da matéria: a agricultura não gera mais aquele batalhão de excluídos; a oferta de emprego chegou também aos acampados; os programas sociais esvaziam as adesões nas zonas urbanas; a reforma agrária perdeu o charme como solução desenvolvimentista (não está prevista nem no Plano contra a Miséria da Dilma). Estes pontos, inclusive estão confirmados num artigo publicado na edição de setembro do tal DataLutas;
3) Em nenhum momento o repórter Pedro Marcondes de Moura, um jovem e bravo talento, recorreu à vejismos. Ao contrário, ele colocou o pé no barro, buscou depoimentos, foi conferir o que estava ouvindo. Não criminalizou a luta pela terra. Em vez disto, reconheceu os feitos do passado do MST e é isto que enfurece os atuais diritentes. O repórter mostrou que essa gente (que se distanciou de líderes históricos como Darci Maschio, Isaías Vedovato, padre Arnildo Fritzen, Deolinda – todos entrevistados e fotografados ) perdeu o rumo e hoje, incapaz de promover grandes assentamentos, vive de criar ONGs pra tomar dinheiro público.
4) O repórter pediu entrevista por email (quatro vezes) e em telefonemas para o MST. Também, antes de viajar para Sarandi e Pontal, solicitou que eles indicassem lideranças para falar por lá. Não fizeram nada disso. Depois pediram perguntas por escrito. O repórter respondeu que estava interessado nos quatro tópicos que já havia enviado para eles e ficou aguardando a resposta até o fechamento, o que não veio.
Portanto, meu caro, estou certo de que a atual direção do MST ficou irada porque foi criticada pela esquerda, não pela direita. A matéria fala bem do bravo MST histórico. Só não leva à sério esse bando que se adonou da sigla. Antes de largar o repórter na estrada, me certifiquei da situação com as velhas fontes que fiz na área (cobri muito de perto o movimento sem jamais ver meu trabalho criticado). Todos me garantiram que se hoje o governo dissesse que tinha terras para todos os colonos que o MST diz representar, eles não teriam gente pra ocupar os lotes. Os dirigentes que fizeram o movimento antes das lideranças personalistas de hoje, agora estão militando nos movimentos dos assentados (pequenos proprietários) ou roendo o osso do ostracismo forçado.
Abusando ainda mais do teu tempo: dá uma olhada na matéria e vê se estou maluco.
Recebi esse email pessoal de um jornalista da IstoÉ que reputo da mais alta confiabilidade jornalística:
1) Como você pode ver na resposta do MST, eles não desmentem nenhum ponto da reportagem. Quanto ao número de assentados, citam os dados do INCRA, que são uma ficção, ou os do DataLutas (que presta assessoria ao MST). Nem a CPT acredita nessas contas e, por isso, fez o outro balanço, conforme publicamos. A nota do MST, por sinal, não tem coragem de desqualificar os levantamentos da CPT. Eles não dementem o assentamento de fim-de-semana, não desmentem os acampamentos fantasmas, não desmentem os flagrantes de venda de glebas, os arrendamentos, a sub contratação de mão de obras, o racha com a Igreja, etc, etc.
2) Também não refutam os pontos essenciais da matéria: a agricultura não gera mais aquele batalhão de excluídos; a oferta de emprego chegou também aos acampados; os programas sociais esvaziam as adesões nas zonas urbanas; a reforma agrária perdeu o charme como solução desenvolvimentista (não está prevista nem no Plano contra a Miséria da Dilma). Estes pontos, inclusive estão confirmados num artigo publicado na edição de setembro do tal DataLutas;
3) Em nenhum momento o repórter Pedro Marcondes de Moura, um jovem e bravo talento, recorreu à vejismos. Ao contrário, ele colocou o pé no barro, buscou depoimentos, foi conferir o que estava ouvindo. Não criminalizou a luta pela terra. Em vez disto, reconheceu os feitos do passado do MST e é isto que enfurece os atuais diritentes. O repórter mostrou que essa gente (que se distanciou de líderes históricos como Darci Maschio, Isaías Vedovato, padre Arnildo Fritzen, Deolinda – todos entrevistados e fotografados ) perdeu o rumo e hoje, incapaz de promover grandes assentamentos, vive de criar ONGs pra tomar dinheiro público.
4) O repórter pediu entrevista por email (quatro vezes) e em telefonemas para o MST. Também, antes de viajar para Sarandi e Pontal, solicitou que eles indicassem lideranças para falar por lá. Não fizeram nada disso. Depois pediram perguntas por escrito. O repórter respondeu que estava interessado nos quatro tópicos que já havia enviado para eles e ficou aguardando a resposta até o fechamento, o que não veio.
Portanto, meu caro, estou certo de que a atual direção do MST ficou irada porque foi criticada pela esquerda, não pela direita. A matéria fala bem do bravo MST histórico. Só não leva à sério esse bando que se adonou da sigla. Antes de largar o repórter na estrada, me certifiquei da situação com as velhas fontes que fiz na área (cobri muito de perto o movimento sem jamais ver meu trabalho criticado). Todos me garantiram que se hoje o governo dissesse que tinha terras para todos os colonos que o MST diz representar, eles não teriam gente pra ocupar os lotes. Os dirigentes que fizeram o movimento antes das lideranças personalistas de hoje, agora estão militando nos movimentos dos assentados (pequenos proprietários) ou roendo o osso do ostracismo forçado.
Abusando ainda mais do teu tempo: dá uma olhada na matéria e vê se estou maluco.