sexta-feira, 16 de setembro de 2011

“A Despensa Viva” sai do armário


Publicado nesta semana o artigo "A Despensa Viva: Um banco de germoplasma nos roçados da floresta" de Maurício Torres. A publicação é uma tentativa de retorno do autor às suas raízes agronômicas, especialmente a raiz da mandioca, transgredindo também para outros campos do saber. O material, que ficou três anos esperando publicação, chega agora às mãos do leitor, especialmente daqueles que tiveram que conviver meses com longas conversas sobre o assunto.

Resumo: Os povos da floresta são detentores de bancos genéticos e promotores de novas variedades de agricultivares. O modo de vida de um “campesinato florestal” explica uma agricultura que encampa uma pluralidade de cultivares – algo irracional sob a lógica do agronegócio, calcada na uniformidade e unificada na produtividade. A dilapidação dessa agrobiodiversidade é proporcional à integração da Amazônia e dos saberes tradicionais à economia capitalista, onde se incrementam formas de apropriação privada da floresta e do etnoconhecimento. Nesse contexto, a biotecnologia adiciona sofisticada modalidade de predação ao submeter a biodiversidade à condição de mercadoria. Tira-se a semente do domínio das populações tradicionais e a subjuga ao controle de grandes corporações. O que é um processo ecológico de reprodução transforma-se em um processo tecnológico de produção.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

mautorre disse...

"dEspensa", o nome é "dEspensa viva"

Cândido Cunha disse...

Aran Cláudia, já corrigi.