O nome de Sampaio começa a ganhar corpo desde o II Congresso do PSOL, em agosto, quando Heloísa Helena e setores do partido manifestaram que prefeririam lançá-la como candidata ao Senado por Alagoas. Nos bastidores e até em declarações públicas, Heloísa Helena fala que não quer um embate direto com Marina Silva e até preferiria apoiá-la. Contudo, dentro do PSOL esta tese dificilmente vingaria e Heloísa prefere sair pela tangente.
Plínio de Arruda Sampaio é nome histórico da esquerda brasileira, tendo iniciado a militância política em grupos da esquerda católica (Juventude Universitária Católica, Ação Popular e Partido Democrata Cristão) nos anos cinqüenta e sessenta. Foi relator do projeto de reforma agrária que integrava as reformas de base do governo João Goulart. Após o golpe de 64, foi um dos 100 primeiros brasileiros a terem seus direitos políticos cassados, ainda nos primeiros dias do regime. Exilado no Chile e depois nos Estados Unidos, foi consultor da FAO (organismo da ONU para agricultura e alimentação). Fundador do PT e deputado constituinte pelo partido em 1988. Também foi fundador da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária) e do jornal e do sítio “Correio da Cidadania”. Em 2003, coordenou a equipe responsável pelo II Plano Nacional de Reforma Agrária, sendo o trabalho desmantelado pela intervenção do grupo político da corrente “Democracia Socialista” do PT e da equipe econômica do governo Lula. Em 2005, foi fundador do PSOL e em 2006, candidato ao governo do estado de São Paulo pelo partido.
O nome de Plínio, apesar de sua história, não tem o peso de Heloísa Helena na reorganização da esquerda brasileira. Mas, sua história e sua atuação política atual são mais coerentes que a alagoana. Isso seria capaz de manter a unidade dos partidos da “Frente de Esquerda” (PSOL/PSTU/PCB) e ampliá-la para parte dos movimentos sociais e da esquerda católica (Pastorais).
Leia a íntegra do manifesto e a lista de apoiadores do nome de Plínio Sampaio para presidente