Grandes centrais sindicais do país (CUT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central) anunciaram que em junho farão a II Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT) para “debater e aprovar um documento de propostas e definir de forma unitária o apoio a um candidato à presidência da República comprometido com o progresso e a ampliação das conquistas sociais.” Ou seja, planeja-se para as vésperas da eleições um evento para ajudar alavancar a campanha de Dilma Roussef.A I CONCLAT ocorreu em 1981, no processo que daria origem à CUT. Àquela altura o debate era independência da classe trabalhadora em relação aos patrões e aos governos, planos de lutas contra o arrocho salarial e a carestia e pela liberdade de atuação sindical. O novo sindicalismo combatia, portanto o aparelhamento dos sindicatos, exatamente o inverso do evento que se anuncia.
Até o MST parece que embarcou na onda. Pelo menos em sua página na internet a “iniciativa” foi saudada com uma matéria pra lá de chapa branca:
Conferência definirá projeto político da classe trabalhadora
