Em um período de três anos (de 2006 a 2009), o governo Lula gastou mais com os setores burocráticos do Estado do que com investimentos na área social. As carreiras de elite e do serviço público obtiveram 53% de aumento nos recursos para os reajustes nos salários, enquanto os da Saúde, Educação e Previdência Social aumentaram, juntos, apenas 30% em recursos destinados a reajustes salariais.
Os Poderes do Estado e Representação (que englobam despesas da Presidência, Senado, Câmera, Poder Judiciário Federal, entre outros) obtiveram a maior fatia do orçamento para mudanças nos contracheques: 30%. O Ministério da Fazenda, Desenvolvimento e Turismo ficou com 20%. Já os setores da Educação receberam apenas 16% de aumento em seus recursos para pagamento de pessoal, enquanto a Saúde recebeu 10%.
A divisão do bolo salarial beneficiou os servidores civis. No período entre 2002 e 2009, eles ficaram com 96,5% do total do aumento da folha, enquanto os militares tiveram 3,5%. No total, foram R$25 bilhões destinados aos civis e R$921 milhões às patentes militares. Essa análise, entretanto, não considera o impacto de todos os reajustes promovidos pelo governo Lula, já que alguns aumentos só serão autorizados a partir de 2011.
As disparidades nas divisões salariais promovidas pelo governo chamam a atenção em estudo realizado pelo economista José Roberto Afonso, assessor técnico da Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira do Senado.
Em 2011, enquanto um médico ganhará cerca de R$ 5.650 mil, os servidores da área de Fiscalização e Auditoria receberão cerca de R$ 19 mil.
Fonte: ANDES-SN
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