O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Roberto Messias, disse ao Valor na sexta-feira que nenhuma contribuição ou questionamento sobre o estudo de impacto ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte foi entregue ao instituto até o prazo final do período de consulta pública do projeto, encerrado um dia antes. Com isso, Messias espera que a Licença Prévia da mega-hidrelétrica saia ainda este mês. Saiba mais AQUI
Enquanto isso, quarenta movimentos sociais da região do Xingu protocolaram na sede do Ibama de Altamira um manifesto, além de outro documento, cobrando a anulação de quatro audiências públicas e a realização de novas audiências sobre a construção de hidrelétrica de Belo Monte. O documento, com 60 questões, é dirigido ao próprio Ibama, ao setor elétrico e aos pesquisadores que realizaram os estudos de impacto ambiental durante as audiências na região.
O gerente do Ibama em Altamira, Roberto Scarpari, que recebeu os documentos, admitiu que se o modelo das audiências públicas não está respondendo aos anseios da população, é legítimo que a sociedade se organize para instituir um modelo mais adequado, inclusive para o contexto amazônico, que se diferencia do resto do país, entre outras, pelas grandes distâncias e dificuldades de deslocamento.
Os documentos foram em seguida protocolados no Ministério Público Federal (MPF) para que o órgão possa acompanhar o processo e reforçar o pedido de respostas junto ao Ibama. Segundo o Movimento Xingu Vivo para Sempre, o procurador da República, Rodrigo Timóteo da Costa e Silva, ressaltou que o pedido de anulação das audiências será ajuizado em breve e que segue aguardando um posicionamento do Ibama a respeito da realização de novas audiências na região.
A entidade também contesta declarações do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que tachou de "forças demoníacas" os opositores da construção da usina.
Por outro lado, o Painel de Especialistas divulgou um detalhado e extenso estudo, onde pesquisadores vinculados a diversas Instituições de Ensino e Pesquisa identificam e analisam, de acordo com a sua especialidade, graves problemas e sérias lacunas no EIA de
Belo Monte. Este documento em breve estará disponível aqui no blog.
Fontes: Diário do Pará, Blog ‘O Furo, Amazônia.org e correios eletrônicos.
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