O anúncio do aumento no preço das passagens no transporte urbano em Teresina na última segunda-feira, 29 de agosto, causou uma onda de revolta na capital do Piauí. Há quatro dias seguidos e cada vez de forma mais intensa, a população vem protestando contra o reajuste na tarifa.
A luta batizada de #contraoaumento, foi criada por estudantes, associações de moradores e outros grupos de usuários do transporte público. O alvo é o próprio prefeito Elmano Ferrer (PTB), responsável pela concessão do aumento para atender interesses dos empresários donos das frotas de ônibus.
Já no primeiro dia de mobilização, houve repressão contra estudantes, com choques contra grupos que promoviam o trancamento de avenidas.
Nesta quinta-feira, 1º de setembro, os protestos começaram a se radicalizar e dezenas de ônibus foram destruídos. Houve conflitos com a polícia, com uso de balas de borracha e prisão de vários manifestantes. Parte do comércio da zona central da cidade foi fechada, assim como houve trancamentos de vários cruzamentos e pontes da cidade com queima de pneus. No fim da tarde, toda a frota de ônibus foi recolhida para as garagens.
A maior parte dos manifestantes é formada por estudantes. Na parte da manhã, um grupo se concentrou na sede da Prefeitura Municipal e exigem o retorno do valor da passagem para R$ 1,90 e passe-livre para os estudantes, sendo recebidos pela prefeitura local.
No Twitter: poste #aumentonaothe