Militante marxista, Luxemburgo foi assassinada com um tiro na cabeça em janeiro de 1919, após ser sequestrada e espancada por membros de uma organização paramilitar, a mando do governo social-democrata alemão. Depois, o seu corpo foi jogado em um canal fluvial de Berlim. Um corpo encontrado no canal no dia 31 de maio de 1919 foi enterrado como sendo o de Luxemburgo.
Tsokos diz crer, com base na análise do relatório da necropsia realizada na época, que o corpo enterrado como sendo o da revolucionária era de uma outra mulher, provavelmente alguém que se suicidou no mesmo canal.
Nas anotações, os legistas da época não atestam uma diferença no tamanho das pernas do cadáver, nem outras características físicas peculiares a Luxemburgo, que apresentava uma deformação na coluna e, por causa dela, andava mancando. Na cabeça necropsiada também não havia marcas de tiro. "Sob pressão dos militares, que tinham pressa em resolver o caso, os médicos emitiram o atestado usando uma outra morta afogada", avalia Tsokos.
O túmulo de Luxemburgo se encontra vazio, depois de ter sido saqueado pelos nazistas em 1935.
Fonte: MARCIO DAMASCENO, da BBC