O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fez duras críticas nesta quarta-feira a parlamentares da chamada bancada ruralista no Congresso. Minc chegou a chamar os representantes dos médios e grandes produtores de vigaristas e afirmou que é preciso uma aliança entre agricultores familiares e ambientalistas.
A declaração foi feira durante discurso, na Esplanada dos Ministérios, em ato que reuniu cerca de quatro mil pessoas ligadas à Confederação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Contag).
- Não podemos criminalizar a agricultura familar. Hoje em dia quem ameaça os nossos grandes biomas é o latifúndio, é quem tem 100 mil, 200 mil hectares. Monocultura, queimada, agrotóxico, acaba com o cerrado, acaba com a caatinga, acaba com o que restou da Mata Atlântica. Nós temos que ter uma mão pesada com os grandes desmatadores e ter um olhar de solidariedade com quem tem menos meios, menos terra e produz 70% dos alimentos que vão para a mesa do trabalhador brasileiro - afirmou Minc.
Minc afirmou que tem uma "ligação histórica" com a reforma agrária.
- A boa aliança é com o meio ambiente, com a preservação. Os ruralistas encolheram o rabinho de capeta e agora fingem defender a agricultura familiar. É conversa para boi dormir. Não se deixem enganar. Não é a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) que fala em nome da agricultura familiar, é a Contag e outros movimentos sociais - afirmou.
Os agricultores familiares cobram do governo federal uma pauta de reivindicações com mais de 260 itens que foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mês passado. Um dos pontos mais importantes é o aumento das áreas destinadas à reforma agrária e a agilidade na liberação de verbas para as cidades atingidas pelas enchentes no Norte e no Nordeste e pela seca no Sul do país. Eles também pedem mais crédito para a produção de uma política de preços que garanta renda ao produtor.
Fonte: MST, com informações de Agência Brasil e CBN.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
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