quinta-feira, 21 de maio de 2009

PT e madeireiras: Briga na cozinha

E quem parece que não está mais disposta a sustentar a campanha dos petistas no Pará é a indústria madeireira.

Essa semana, o Jornal “Novo Estado” soltou a matéria “PF investiga máfia da madeira na Sema”, onde se denuncia uma suposta quadrilha no interior da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará, onde servidores e políticos faturariam em cima de Planos de Manejos Florestal fraudulentos.

Apesar do jornal não ser dos mais conceituados e a própria matéria apresentar erros grosseiros, chama atenção alguns trechos:

“Uma denúncia entregue no mês passado ao chefe do Ministério Público Federal no Pará, o procurador da República José Augusto Torres Potiguar, aponta que parte deste dinheiro pode estar irrigando o caixa 2 do PT – partido da governadora – para a próxima campanha eleitoral. Um servidor da Sema que foi ameaçado de morte por não compactuar com a quadrilha revela que a PF já deveria ter feito uma mega-operação para prender integrantes desta quadrilha. ‘O que sabemos é que existe a intervenção do Ministro da Justiça para evitar prisões, pois causaria um dano político irreversível à candidatura dela’, diz a fonte”.

Mais à frente:

O inquérito aberto pela Polícia Federal aponta para a participação de gente graúda da Sema no esquema de corrupção. Servidores de todos os setores estariam envolvidos, especialmente dos sistemas Ceprof e Geprof. ‘Essa máfia é terrível, tem servidores ricos e que ameaçam pessoas de morte’, diz um servidor, acrescentando que o esquema envolveria ainda parlamentares do PT, que cansados de não terem seus pleitos atendidos pelo secretário Valmir Ortega, estariam recorrendo à quadrilha para liberar projetos de apaninguados políticos”.

O que significaria isso: rompimento político ou pressão para baixa o preço da propina?

Na mesma página do jornal, há ainda a “matéria”: "Vice da Uniflor recebe ameaçadas(?) de morte”. Nela, noticia-se que o Sr. Luis Carlos Tremonte teria recebido telefonemas anônimos, prometendo acabar com sua vida. Tremonte, líder dos madeireiros no Oeste do Pará, parece que mudou de lado e saiu da condição de ameaçador para ameaçado.

Para ilustrar o que digo, veja trecho da carta enviado por ele a um posto do Ibama na região entre a Transamazônica e a BR-163 em 2005:

Nós do Simaspa, Sindicato das Indústrias Madeireiras do Sudoeste do Pará, estamos como Pôncio Pilatos lavamos as mãos.

A situação na região é gravíssima e o conflito inevitável. Já avisamos todos os órgãos competentes desde o Presidente Lula até a Ministra do Meio Ambiente, e nada foi feito, o Ibama em greve e a fiscalização não está em greve, ninguém entende esta situação, não gostaríamos que nossa região virasse manchete e muito menos que o povo venha passar fome.

Gostaríamos de evitar o pior.”


Mais um capítulo!

Uma fonte me passou que o único nome citado na matéria, o servidor Marcelo Auzier nada teria haver com o suposto esquema. Seria mais uma “queima de arquivo” da moral do servidor, algo parecido com o que ocorreu no Ibama de Santarém com o ex-gerente Daniel Cohenca.

(Clique aqui para acessar o site do jornal e ler a reportagem completa)
Comentários
0 Comentários

0 comentários: