quinta-feira, 8 de julho de 2010

São Paulo: Servidores do Judiciário enfrentam a truculência da polícia

Os cerca de 2.500 servidores do Judiciário Estadual enfrentaram a repressão policial em assembleia realizada na Praça João Mendes na parte da tarde, quando foi decidida a continuidade da greve.

A polícia foi chamada e formou um cerco no Tribunal e com o apoio da Força Tática foi para cima dos servidores com cassetetes, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. As pessoas que estavam no local, tentavam se defender como podiam. Um servidor foi atingido por uma bala de borracha e caiu inconsciente. Muitas pessoas acabaram se ferindo durante o confronto.

Os servidores do Judiciário Federal também tiveram problemas com a polícia. Na manhã desta quarta-feira (7), a categoria intensificou a paralisação com piquete em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Houve tumulto e policiais foram chamados, houve confusão e os dois portões de acesso ao Tribunal foram fechados.

Os tristes acontecimentos desta quarta-feira constatam que esta é a forma como o Tribunal de Justiça e os Governos Federal e Estadual tratam os trabalhadores que se mobilizam por melhores condições de trabalho e aumento salarial. O direito de greve salarial é garantido por lei e mesmo assim os servidores continuam sendo atacados e reprimidos.

Os servidores do Judiciário Estadual decidiram pela permanência da greve, pois as negociações não avançaram no Tribunal de Justiça. Parte dos servidores se somou a mobilização do judiciário Federal que em frente ao TRE aguardavam o desenrolar da negociação do Comando Nacional de Greve com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo em Brasília, demonstrando a importância da unidade das categorias em luta.

Na reunião, Paulo Bernardo, manteve a posição do governo de não fechar nenhum acordo orçamentário, deixando o tema para o governo que será eleito em outubro. O Comando Nacional de Greve critica essa postura, uma vez que as negociações em torno deste PCS acontecem desde 2008.

Fonte: Central Sindical e Popular
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