domingo, 1 de junho de 2008

Encontro Xingu Vivo cobra participação popular em decisões


De São Paulo, Vinicius Mansur.

Índios, ribeirinhos e organizações da sociedade civil rejeitaram a construção de hidrelétricas ao longo do Rio Xingu. Reunidos em um encontro realizado em Altamira (PA), os participantes negaram “a construção de barragens no Xingu e seus afluentes, grandes ou pequenas”.

Eles divulgaram uma carta nesta segunda-feira (26) com 12 reivindicações, visando um modelo de desenvolvimento ideal para a bacia.Além das hidrelétricas, a carta também questiona o avanço da grilagem de terras públicas, a instalação de madeireiras ilegais, o garimpo clandestino e a ampliação das monoculturas e da pecuária extensiva.

De acordo com o vice-coordenador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã, a comunidade indígena não é contra o desenvolvimento do Brasil. O que eles reivindicam é o direito de serem ouvidos “quando o assunto trata das terras milenarmente ocupadas por estes povos”, afirmou.

O primeiro dos 12 pontos da carta reivindica a criação de um fórum de articulação dos povos da bacia. O objetivo é permitir uma conversa permanente sobre o futuro do rio e a criação de um Comitê de Gestão de Bacia do Xingu.

Além da Coiab, também assinam a carta a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entre outras entidades.

Fonte: RádioAgência Notícias do Planalto
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