De São Paulo, Desirèe Luíse.
Entidades que defendem a preservação do meio ambiente, entre eles o Greenpeace e a Via Campesina - organismo que reúne movimentos sociais dos quatro continentes - reuniram-se nesta quinta-feira (05) no Plenário Geral da Câmara, em Brasília, para exigir a rejeição do projeto conhecido como “Floresta Zero”.
De autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), o projeto já passou pelo Senado. Agora, tramita na Câmara dos Deputados. O “Floresta Zero” autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia.
O Projeto ainda permite que, por exemplo, o responsável por um desmatamento realizado no Pará, seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro.
Ambientalistas e Movimentos Sociais temem que a medida agrave ainda mais o quadro de destruição da Amazônia. Só nos últimos 40 anos, já foi derrubada cerca de 700 mil km² da área original de floresta, o equivalente a quase três estados de São Paulo.
Para o integrante da Via Campesina, Marciano Toledo, o projeto trará conseqüências ruins para o país, pois atenta contra o meio ambiente e os povos que vivem na região Amazônica.“Atentam não só sobre, vamos dizer assim, a soberania dos povos da Amazônia, dos povos das comunidades tradicionais, mas da soberania do próprio país, porque libera e facilita o acesso às grandes empresas tradicionais à aquisição de terras.”
De acordo com Toledo, grandes empresas irão desmatar áreas da Amazônia para o cultivo de milho, cana de açúcar e soja.
Fonte: Radioagência Notícias do Planalto.
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