sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Multinacionais e o verniz social e ambiental

As multinacionais com atuação em nossa região, e a cada dia chega uma, querem transferir algumas migalhas de seus polpudos lucros para reverter a imagem daquilo que realmente são e minar possíveis adversários.

Uma delas, a Cargill (aquela que diz que blogs “reacionários” inventam coisas sobre ela), há anos enfrenta denúncias judiciais e críticas pela expansão da soja na região. Recentemente, ela e a Companhia Docas do Pará resolveram transformar uma área com um sítio arqueológico e um ponto de lazer de moradores no bairro Laguinho em estacionamento de caminhões. A graneleira já se indispôs com o MPF, Greenpeace e movimentos sociais de Santarém. Agora enfrenta moradores do Laguinho, atletas e Igreja...

Mas, alguns preferem comer as migalhas que caem da mesa. Uma fonte que pediu anonimato me passou que uma professora da Escola Pedro Álvares Cabral (olha o nome!) promove visitas ao porto da Cargill em Santarém em troca da promessa de publicação de um livro sobre "Preservação ambiental". Detalhe: os estudantes daquela escola usam o estacionamento como espaço para educação física e poderão perder também com a construção do estacionamento.

A outra multinacional que quer bancar de boazinha é a ALCOA. Ela põe anúncios em todos os veículos de comunicação da região o discurso de "sustentabilidade", já arregimentou ONGs vendidas para seus espaços de legitimação política e agora assedia os movimentos sociais locais para apoiar “projetos produtivos sustentáveis”.

Como se vê, a cada migalha que cai há um rato para comê-la!
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