No último dia 04 de março o governo concedeu a Licença de Instalação (L.I.) da Usina Nuclear de Angra III. Se concluída, a usina terá potência de 1.350 megawatts e deverá custar 7,3 bilhões de reais.
O processo de concessão de licença levou uma década e meia. Mas, segundo a Engenheira Florestal Débora Mabel, “O processo de licenciamento de Angra III circula pelos corredores do Ibama há 15 anos. Isso para muitos pode até parecer ineficiência do órgão, mas não é. A licença de instalação nunca foi expedida por insuficiência de estudos, e pela existência de pesquisas que atestam que a obra como proposta não pode ser executada por não garantir segurança nuclear para a região periférica à usina, assim como proteção ao micro-clima”.
Mabel comenta ainda que os equipamentos para montar a usina foram importados a cerca de 15 anos e encontram-se obsoletos, o que certamente implica em compra de novos equipamentos, o que tornará a obra ainda mais cara. Além disto, a necessidade de adequação altera o projeto original, motivo que deveria inviabilizar a licença.
O Greenpeace também condenou a emissão da L.I de Angra III. No dia 04, ativistas 'acorrentam' retrato de Roberto Messias, presidente do Ibama, na sede do órgão no Rio de Janeiro, em protesto.
O Greenpeace criticou ainda a ausência de qualquer proposta definiiva para o lixo nuclear a ser produzido por Angra III. “Com isso, o Ibama vai ajudando o governo Lula a criar o fato consumado, autorizando novos passos para um projeto que reconhecidamente não vai conseguir cumprir uma de suas principais exigências, de construir um depósito definitivo para os resíduos radioativos de Angra III”, declarou a ONG no seu sítio.
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