No Blog do Nassif, postou um texto chamado O caso do Pará, que até agora pouco contava com quase 80 comentários, muitos deles defendendo a governadora Ana Júlia. Sim! Há quem se preste a isso...
Entrei na polêmica com a postagem abaixo:
Os argumentos do “Caso Pará” poderiam conter mais informações para estabelecer o caráter do governo. Concordo que é difícil estabelecer comparações, mas estabelecer um caráter para o governo Ana Júlia é tarefa das mais difíceis.
Se Yeda coloca a Brigada Militar para reprimir o MST, Ana Júlia promove os PMS que participaram do massacre de Eldorado dos Carajás;
Se Yeda reprime qualquer manifestação popular, Ana Júlia coloca a tropa de choque da polícia para reprimir os professores em greve no ano passado;
Se o Pará possui problemas que antecedem o governo Ana Júlia, o atual governo não está contribuindo para superá-los: saúde, educação e segurança pública estão um caos e após mais de dois anos ainda se repete o discurso da eterna “herança maldita”;
Se existe corrupção no Dentran do RS, não é nada honroso receber recursos para campanha eleitoral de pessoas que estão lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e de madeireiras internacionais como a Precius Wood e mineradoras como Vale e Alcoa;
Se corrupção só é corrupção quando há escândalos de corrupção, realmente não há como fazer analogias;
Mas, tão grave quanto corrupção é o desprezo em relação às pessoas ameaçadas de morte no estado, é a relação espúria com Jader Barbalho, é apoiar em Anapú um dos suspeitos do assassinato de Irmã Dorothy à vice-prefeitura, é considerar uma louca uma menor trancafiada numa cela, é fazer auto-promoção com dinheiro público, é impedir a criação de uma Reserva Extrativista para favorecer madeireiros; é reduzir a reserva legal dos imóveis rurais para atender interesses do agronegócio…
Como disse no início, se não há como fazer comparações pode-se definir o caráter do governo Ana Júlia. E de esquerda é que não é.
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