terça-feira, 10 de março de 2009

“A Dilma é o Médici de saias”

por Rodolfo Salm*

Assim como aconteceu com relação aos direitos humanos e liberdades individuais, a ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 não foi nada branda com a floresta amazônica, que sobrevivera praticamente intacta até ali, a quatrocentos e tantos anos da invasão européia. O regime totalitário lançou as bases do atual estado de devastação quase que generalizada da região, através de incentivos explícitos à devastação e da abertura e construção de grandes estradas e hidrelétricas de enorme grau de destruição, como Balbina e Tucuruí. E nos deixou uma herança maldita na forma de planos de barragens em praticamente todos os seus grandes rios. Fala-se, por exemplo, que os pontos onde a rodovia Transamazônica se encontra com os rios Xingu e Tapajós foram definidos em função de suas aptidões para a construção de barragens. Neste contexto, o restabelecimento da democracia, em meados dos anos 1980, representou uma esperança para aqueles que já se preocupavam com a sorte da maior floresta tropical do planeta. Mas foi breve o alívio para os moradores do Xingu, especialmente na região de Altamira, que ainda na década de 1980 viram ganhar força a idéia de barrar este rio para a produção hidrelétrica.

Leia tudo em: Consultas públicas para construção de hidrelétricas são ‘falsa democracia’

*Rodolfo Salm, PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da Universidade Federal do Pará.
Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Anônimo disse...

Nunca vi comparação mai exdrúxula. A companheira Dilma combateu a ditadura, e pegou até em armas para defender a democracia.

Não se pode confundi-la com um ditador.

AF Sturt Silva disse...

Também concordo Vanda.

Arnaldo José disse...

Com certeza, agora a companheira Dilma levanta o PAC q aumentará a área inundada no Brasil em 50%... só cinquentiha e as populações tradicionais que se afoguem!!!!
Agora a companheira Dilma é uma das cabeças pensantes de um governo aliado a tudo que ela combateu e que não passa de continuação da ditadura... diga-se de passagem a aliança com o sarney...