sexta-feira, 24 de abril de 2009

Conflitos no campo: governo Lula x CPT

Conflitos agrários - Em 2003 foram registradas 43 mortes por conflitos agrários, o que é inaceitável em qualquer lugar do mundo. Já em 2008, não houve nenhuma morte por conflito agrário - só duas, por razões passionais, que ainda estão sendo investigadas. Todos os dados dão conta de que caiu muito o número de conflitos e também o de ocupações - em torno de 30%. Isso aconteceu porque o governo federal, nos últimos seis anos, assentou 520 mil famílias que hoje estão trabalhando. Estamos apostando agora na produção desses assentamentos, que já estão apresentando alimentos com qualidade. Quando se fala em reforma agrária no Brasil, podemos dizer que encontramos o caminho certo. Vamos continuar assentando em torno de 70 a 100 mil famílias por ano, mas acima de tudo, a partir de agora, já podemos superar a preocupação com a demanda, com as milhares de pessoas acampadas em beiras de estrada para nos preocupar agora com qualidade de vida nos assentamentos. Então a boa notícia é que a reforma agrária vai indo bem, encontrou seu rumo.

Informe Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Nº 104 - Brasília, 19 de Fevereiro de 2009


Numa visão geral o número de conflitos no campo teve uma queda acentuada, mantendo-se igual, porém, o número de pessoas assassinadas, 28. Esse dado sinaliza para o aumento da violência, pois, em 2007, computava-se uma morte para cada 54 conflitos, já em 2008, há uma morte para cada 42 conflitos. Os dados mostram ainda que 72% dos assassinatos em conflitos no campo aconteceram na Amazônia e que mais da metade dos conflitos atingem diretamente as populações tradicionais, deixando claro o interesse do capital sobre os territórios ocupados pelas mesmas. O ano de 2008 foi marcado por uma nova onda de criminalização dos movimentos sociais do campo e de suas lideranças. Essa investida se deu nas diferentes esferas do poder público. Em alguns estados, houve repressão violenta por parte da polícia. No legislativo, tanto no âmbito dos estados, quanto no âmbito federal proliferaram ataques aos movimentos. Mas, sobretudo, foi na esfera do poder Judiciário que se sentiu de forma mais dura esta tentativa de criminalização.

Reelese da Secretaria Nacional da CPT de 22 de abril de 2009, entidade que acompanha e sistematiza confiltos no campo a 24 anos.
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