O presidente do PT no Maranhão, Raimundo Monteiro, foi acusado pela Polícia Federal de comandar um esquema de desvio de verbas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Monteiro foi superintendente do órgão entre 2004 e 2005, quando deixou o cargo por conta das investigações iniciadas pela PF. Segundo ele, o afastamento aconteceu a seu pedido.
De acordo com o superintendente da PF no Maranhão, Fernando Segóvia, o presidente do PT-MA, o atual superintendente do Incra, Benedito Terceiro, e o delegado agrário Rubem Sérgio dos Santos eram os cérebros do esquema.
As investigações duraram cinco anos, quando o Incra disponibilizou quase R$ 500 milhões para o Maranhão em contratos que previam a construção e reforma de casas em assentamentos rurais.
Vinte e cinco assentamentos foram vistoriados no estado, e foram descobertos indícios de desvio de R$ 4 milhões. No município de Santa Luzia, nenhuma das 300 casas previstas foram construídas e em outros as casas estão inacabadas e com material de baixíssimo custo.
Um líder comunitário do assentamento Flechal, na cidade de Santa Luzia, chegou a ser morto ano passado porque procurou a polícia para denunciar que as casas não vinham sendo construídas. Na época, ele estava sendo obrigado por empreiteiros e técnicos do Incra a assinar notas fiscais atestando que as casas estavam prontas.
Fonte: O Globo
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