O sonho americano está ameaçado. Ou, por hora, pelo menos os direitos trabalhistas dos sonhadores. Neste sábado, cerca de 30 mil pessoas se reuniram em todos os 50 estados e na capital do país para protestar. Organizado por ativistas do MoveOn.org, entre outros grupos progressistas e sindicatos, o Rally Para Salvar o Sonho Americano foi marcado pela solidariedade aos trabalhadores do estado de Wisconsin.
"Um ataque aos trabalhadores de Wisconsin é um ataque aos trabalhadores de todo o país", diz a manifestante Katie Odom, segurando o cartaz "A América não pode sustentar bilionários", em Washington.
O protesto na capital americana reuniu cerca de 300 pessoas em Dupont Circle, praça próxima do centro da cidade que serve de ponto de encontro para jovens nos fins de semana. Os discursos, músicas e gritos de guerra começaram antes mesmo da hora marcada, meio-dia (14h, no horário de Brasília). Duas horas depois, os manifestantes seguiram a pé até a Casa Branca aos gritos de "Kill the bill!" (Matem a conta) e We are United ("Nós somos unidos). "Eu podia estar num parquinho brincando com meus filhos. Mas não posso relaxar e deixar que os republicanos destruam nossos direitos e nossas famílias", explica Arnold Stone, que levou os filhos para protestar com cartazes de "Eu amo Wisconsin".
Um dia antes do rally, os deputados do estado de Wisconsin aprovaram um projeto de lei que proíbe os sindicatos de participar de negociações de funcionários públicos por direitos trabalhistas. Patrocinado pelo governador republicano Scott Walker, o projeto de lei visa reduzir o deficit orçamentário do estado, de 137 milhões de dólares.
A votação do projeto foi precedida por três dias de debates entre democratas e republicanos na Câmara dos Deputados de Wisconsin. Agora, o projeto será votado pelos senadores. Mais uma vez, os democratas são minoria: 14 contra 19 do partido rival.
Durante o rally, os manifestantes não reclamaram apenas do polêmico projeto de lei, mas também da decadência do ensino público americano, do aumento da desigualdade entre ricos e pobres e até das férias não-remuneradas. Diferentemente dos trabalhadores de todos os outros países desenvolvidos, os dos Estados Unidos não têm garantia de férias remuneradas. "Nem descansar a gente pode!", gritou um dos manifestantes, enquanto um membro do MoveOn.Org lembrava que a média entre as empresas privadas americanas é de apenas nove dias anuais de férias remuneradas.
Na frente da Casa Branca, os manifestantes do rally se depararam com outro protesto, dessa vez contra o presidente do Yemen, Ali abdullah Saleh. Imediatamente, os dois grupos se juntaram pedindo melhores condições de trabalho em todo o mundo. "É triste ver tanta revolta. O mundo está acabando", lamenta Dona Conchita, mulher que acampa em frente à Casa Branca desde 1981, numa "vigília permanente pela paz".
"Um ataque aos trabalhadores de Wisconsin é um ataque aos trabalhadores de todo o país", diz a manifestante Katie Odom, segurando o cartaz "A América não pode sustentar bilionários", em Washington.
O protesto na capital americana reuniu cerca de 300 pessoas em Dupont Circle, praça próxima do centro da cidade que serve de ponto de encontro para jovens nos fins de semana. Os discursos, músicas e gritos de guerra começaram antes mesmo da hora marcada, meio-dia (14h, no horário de Brasília). Duas horas depois, os manifestantes seguiram a pé até a Casa Branca aos gritos de "Kill the bill!" (Matem a conta) e We are United ("Nós somos unidos). "Eu podia estar num parquinho brincando com meus filhos. Mas não posso relaxar e deixar que os republicanos destruam nossos direitos e nossas famílias", explica Arnold Stone, que levou os filhos para protestar com cartazes de "Eu amo Wisconsin".
Um dia antes do rally, os deputados do estado de Wisconsin aprovaram um projeto de lei que proíbe os sindicatos de participar de negociações de funcionários públicos por direitos trabalhistas. Patrocinado pelo governador republicano Scott Walker, o projeto de lei visa reduzir o deficit orçamentário do estado, de 137 milhões de dólares.
A votação do projeto foi precedida por três dias de debates entre democratas e republicanos na Câmara dos Deputados de Wisconsin. Agora, o projeto será votado pelos senadores. Mais uma vez, os democratas são minoria: 14 contra 19 do partido rival.
Durante o rally, os manifestantes não reclamaram apenas do polêmico projeto de lei, mas também da decadência do ensino público americano, do aumento da desigualdade entre ricos e pobres e até das férias não-remuneradas. Diferentemente dos trabalhadores de todos os outros países desenvolvidos, os dos Estados Unidos não têm garantia de férias remuneradas. "Nem descansar a gente pode!", gritou um dos manifestantes, enquanto um membro do MoveOn.Org lembrava que a média entre as empresas privadas americanas é de apenas nove dias anuais de férias remuneradas.
Na frente da Casa Branca, os manifestantes do rally se depararam com outro protesto, dessa vez contra o presidente do Yemen, Ali abdullah Saleh. Imediatamente, os dois grupos se juntaram pedindo melhores condições de trabalho em todo o mundo. "É triste ver tanta revolta. O mundo está acabando", lamenta Dona Conchita, mulher que acampa em frente à Casa Branca desde 1981, numa "vigília permanente pela paz".