A crise econômica que se aprofunda na Europa está produzindo grandes consequências políticas na Espanha. Às vésperas das eleições regionais, dezenas de milhares de pessoas estão participando de grandes manifestações em mais de oitenta cidades de todo o país. Com uma população de mais 40% de jovens desempregados, o país vive o despertar de uma geração de militantes que montam acampamentos em praças públicas.
Em Madri, o movimento está acampado na Puerta del Sol, região central da cidade, e a cinco dias consecutivos reúne milhares de pessoas numa clara inspiração da praça Tahir, centro efervescente da revolução egípcia.
Inicialmente batizado como "Movimento dos Indignados" ou "Movimento do 15-M", nome dado em função do dia que começaram os protestos que avançaram massivamente a cada dia mais nesta semana.
Segundo matérias no Diário Liberdade, não há uma unidade política entre os grupos, embora o descontentamento com a situação política e econômico seja generalizado. Não há participação dos partidos de esquerda tradicionais nos atos e parte dos manifestantes se apresenta como apartidários. Alguns defendem uma "refundação do sistema democrático", enquanto outros pedem uma "revolução", uma "mudança de sistema.
A Junta Eleitoral Central proibiu as manifestações, já que há uma clara mobilização para que as eleições deste domingo, 22 de maio, sejam boicotadas.
As mobilizações contra os ajustes econômicos impostos contra a crise levaram milhares de pessoas as ruas nesta quinta-feira (19 de maio) ainda nas cidades de Lisboa (Portugal), Dublin (Irlanda), Paris (França) e Berlin (Alemanha).
Nesta sexta-feira e principalmente no fim-de-semana, grandes mobilizações estão previstas para várias cidades europeias.
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