Foto: Divana Maia |
Na última sexta-feira, o Conselho Municipal de Transportes aprovou o aumento no preço das passagens urbanas em Santarém. A tarifa deverá subir para R$ 1,95, valor definido pela Secretaria Municipal de Transportes, cabendo à prefeita Maria do Carmo Martins (PT), a decisão final.
Apesar da proposta do empresariado ter sido de R$ 2,10, houve uma grande unidade entre empresários e o governo mucipal na decisão:o congelamento da “meia-passagem” entorno de R$ 0,65, o que na verdade transformou a “meia” em “terça”. Na prática, os empresários e a prefeitura petista querem transferir para os trabalhadores o aumento dos custos gerados pela subida dos combustíveis e pelas precárias condições de trafegabilidade nas ruas de Santarém, que deteriora a frota, além de aumentar a taxa de lucro dos empresários que sequer participaram de um processo licitatório para operar as linhas da cidade.
Para a diretora do DCE da UEPA e militante da ANE-L que participou da reunião do conselho, Divana Maia, “ao manter congelada a meia, a prefeitura espera não se enfrentar com o movimento estudantil, ao mesmo tempo que joga todo o peso do aumento nos trabalhadores que dependem de transporte público rodoviário. É preciso portanto manter a meia congelada mas evitar o aumento para os trabalhadores."
Logo após o fim da reunião do conselho, os estudantes já iniciaram os protestos contra o aumento. Houve passeata pelo centro da cidade e dezenas de estudantes fecharam o cruzamento da avenida Rui Barbosa com a rua Barão do Rio Branco por mais de vinte minutos, causando um grande engarrafamento em pleno final de tarde de sexta-feira.
Foto: Hudson Romário |
Um novo ato contra o aumento ocorrerá na próxima quarta-feira, 25 de maio, com concentração na praça São Sebastião, no Centro a partir das 8h da manhã. É necessário barrar o aumento e manter congelada a meia-passagem, pressionando ainda para o passa-livre para estudantes e desempregados pela estatização do sistema de transporte para garantir ônibus com qualidade e linhas que atentam toda a população.
Para isto, só a mobilização dos estudantes e trabalhadores poderá derrotar a prefeita de Santarém e seus aliados empresários.