Na década de 1970, Olacyr de Moraes ganhou a alcunha de "rei da soja" ao se tornar o maior produtor individual do grão no mundo. Aproveitou a grande cheia de 1973 do rio Mississipi, que arruinou as lavouras dos Estados Unidos, para expandir a fronteira do grão no Centro-Oeste brasileiro.
Chegou à casa dos bilhões de dólares, até que os negócios decaíram e ele teve que se desfazer de grande parte de seu patrimônio.
Hoje, depois de se desfazer de parte de seu patrimônio, o empresário tem uma nova "menina dos olhos": uma jazida de tálio, metal raro, caro, tóxico e com aplicações importantes na indústria energética - precisamente a cidade de Barreiras, na Bahia.
De acordo com pesquisa feita em 2% da área passível de ter o minério, a jazida encontrada na Bahia possui, por baixo, 60 mil quilos de tálio.
A reserva tem potencial de ser maior que as da China e do Cazaquistão, os únicos produtores atuais.
Com esse volume, é possível atender a toda demanda mundial por seis anos, segundo a empresa.
Em 2010, a cotação do tálio foi de US$ 6.000 o quilo (R$ 9.600). Trata-se de um negócio de, no mínimo, US$ 360 milhões para a empresa, que até então estava focada na exploração de manganês, cobalto, ferro, titânio, ouro, cobre e fosfato.
"As expectativas são muito otimistas. Os estudos em desenvolvimento confirmam a continuidade do minério, o que comprova o potencial do jazimento, além de significativas reservas de manganês e cobalto, produtos com alta demanda e valor de mercado", disse Vladimir Aps, diretor técnico da Itaoeste, a empresa comanda por Olacyr.
*Informações da Folha de S. Paulo, 29-05-2011.
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