quarta-feira, 6 de maio de 2009

Governo reduz meta de famílias assentadas

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) anunciou a redução da meta de famílias assentadas neste ano em 25%. O número que era de 100 mil famílias passou para 75 mil. Um dos motivos da ação seria o não cumprimento das metas traçadas nos anos anteriores. O Incra acredita que o novo número seja mais viável.

A notícia foi lastimada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O integrante da Coordenação Estadual do Paraná, José Damasceno, acredita que a nova meta está aquém da demanda e que não houve prioridade do governo para efetivar a reforma agrária no Brasil.

“Na nossa maneira de ver, a prioridade deste governo é a política econômica e, dentro dela, no campo brasileiro, a prioridade é o agronegócio, tendo em vista que o governo, nos últimos anos, despejou muito dinheiro público na produção de cana-de-açúcar e álcool.”

O fato de, nas novas metas, quase 60% das famílias estarem dentro da Amazônia Legal, que compreende, além dos estados do Norte, os estado do Mato Grosso e Maranhão, foi recebido com críticas pelo MST.

“O governo tem preenchido muito espaço de sua meta com regularização fundiária e não com assentamento de família. No fundo, a meta, por si só, é mentirosa e enganadora, porque regularização fundiária não é reforma agrária. Regularizar os posseiros, principalmente do Norte do Brasil, que já estão em cima de uma terra há 30, 40, 50 anos não é reforma agrária.”

José Damasceno afirma que a ação do movimento continua. Ocupações de terras e marchas serão mantidas para pressionar o governo a adotar medidas eficazes para a questão fundiária brasileira. De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.

Fonte: RadioAgência Notícias do Planalto.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

Anônimo disse...

Com tantas irresponsabilidades do INCRA na gestão passada, so poderia dar nisto.

Anônimo disse...

A gestão passada é a mesma atual (Rolf, Sabonete, Raimundo João, etc.). E a irresponsabilidade do Incra em Brasília é a mesma...