terça-feira, 20 de outubro de 2009

Comunitários do Arapiuns se mobilizam e apreendem balsas com madeira

Há uma semana cerca de 300 pessoas estão acampadas à beira de uma praia no rio Arapiuns, em Santarém. São comunitários da gleba Nova Olinda que estão mobilizados.

O movimento aprendeu quatro gigantescas balsas, sendo duas delas lotadas de toras de madeira, aparentemente extraída de forma ilegal na região do rio Arapiuns. Os comunitários exigem o combate a extração de madeira e a destinação territorial da área.

A região da gleba Nova Olinda pertence ao Estado do Pará. É alvo de pilhagem de madeireiras, sojeiros e grileiros que atuam na região que é ocupada originalmente por ribeirinhos e indígenas boraris.

O governo Ana Júlia tenta promover a conciliação de interesses tão díspares, criando assentamentos estaduais nas margens dos rios e destinado o restante da área através de titulação de imóveis de até 2.500 hectares e concessões florestais, favorecendo assim a grileiros e madeireiros.

Por outro lado, os comunitários exigem que o Plano de destinação dos conjunto de glebas na região contemple os territórios dos ribeirinhos, as terras indígenas e a criação de unidades de conservação.
Comentários
7 Comentários

7 comentários:

Anônimo disse...

Sou morado da Cachoeira do Arua. Inclusive, ja trabalhei na empresa que tem a balsa com Madeira. A madeira NÃO é ilegal. Eles só trabalhan com plano de manejo. INclusive a documentacao da madeira está na balsa (eu sei porque eu ajudava no carregamento das balsas). Se voces querem fazer manifestação, tudo bem, mas não precisa inventar mentira. Aliás, vão fazer movimento em outro lugar pois vocês não são daqui, não são bem vindos e não falam em nosso nome.

Unknown disse...

À respeito do post: http://candidoneto.blogspot.com/2009/10/comunitarios-do-arapiuns-se-mobilizam-e.html , gostaria de responder/esclarecer os seguintes fatos:

1 - Não são comunitários da Gleba Olinda que estão a frente desse movimento. Pelo contrário. As comunidades da Gleba Olinda são CONTRA esse movimento. Haja visto o abaixo assinado assinado pelos líderes das comunidades da Gleba Nova Olinda repudiando o movimento.

2 - Quem está por trás desse movimento é Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém que trouxeram pessoas de Juruti, UMA comunidade da Resex (Não da Nova Olinda) e a comunidade de Novo Lugar do rio Maró. Ou seja, o movimento está sendo coordenado por pessoas de MUITO longe da região e que não representam as comunidade da Gleba Nova Olinda. .

3 - O movimento não apreendeu as 4 balsas. E sim, sequestrou-as. (rendendo a tripulação da mesma)

4 - A informação que as duas balsas estão carregadas com madeiras "provavelmente ilegal" é caluniosa e distante da verdade. Com as balsas ainda em poder dos manifestantes, foi feito vistoria pelo IBAMA e SEMA e onde os documentos foram apresentados e o Ibama, assim como a SEMA, deram o parecer de que TUDO estava legalizado e correto.

5 - A informação que a Gleba Nova Olinda é alvo de pilhagem de Sojeiros e Grileiros é absurda e igualmente mentirosa. NUNCA teve um cm² de plantação de soja na região e as madeiras provenientes do projeto de manejo florestal sustentável em questão são ÁREAS PARTICULARES totalmente documentadas onde por lei e por ideologia, não se faz corte raso e 100% da area é destinada plano de manejo florestal sustentável e toda a madeira está em processo de certificação pelo FSC (selo verde) através da Certificadora Bureau Veritas e UCS - Universidade de Caxias do Sul. A Fase dos trabalhos está a nível da universidade de Caxias do Sul, a qual está preparando o processo para contratação dos serviços da Bureau Veritas e posterior encaminhamento da certificação à FSC.

6 - Poucos meses atrás, o Iterpa executou o trabalho de campo para regularização fundiária dos territórios das comunidades da Gleba Nova Olinda e onde TODAS as lideranças assinaram concordando com os limites (Inclusive os comunitários da Comunidade Novo Lugar).

7 - Esse movimento já é considerado "arruaça", haja visto que o próprio Sindicato do Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém, um dos coordenadores do movimento, disse que o movimento "tinha saído do seu controle".

Na certeza de sua ideoneidade e no compromisso com a verdade (todos os fatos citados acima estão devidamente documentados), e sabendo que o senhor foi provávelmente alvo de informações errôneas, tenho certeza que o senhor, de modo amigável irá fazer um nota corrigindo o erro sem ser preciso apelar para meios judiciais.

Cândido Cunha disse...

Ao Sr. “Anônimo”

Acredito que a expressão “vão fazer movimento em outro lugar pois vocês não são daqui, não são bem vindos e não falam em nosso nome“ me impede de lhe dar qualquer resposta qualificada, pois além de realmente não ter nascido aqui, apesar de morar e trabalhar aqui, realmente não falo no nome de ninguém além de mim.

Cândido Cunha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cândido Cunha disse...

Ao Sr. “Télio”,

A maior parte das informações contidas na postagem foi retirada de matéria vinculada na TV Tapajós, filiada na TV Globo em Santarém, no Jornal Tapajós, 2ª edição, em 20 de outubro de 2009, especialmente os dois primeiros parágrafos do texto. As informações estão disponíveis ainda em
http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=29919&tit=Comunit%E1rios%20protestam%20e%20interditam%20balsas%20carregadas%20de%20madeira

Como você deve saber a Gleba Nova Olinda abarca ainda os municípios de Aveiro e Juruti, por isso mudei a representação cartográfica desta região, que realmente não engloba todo o rio Arapiuns.

Está explícito ainda no texto que a madeira foi “aparentemente extraída de forma ilegal”, mesmo sentido em que foi apresentado na matéria da TV Tapajós.

Em relação ao processo de grilagem que ocorre nesta região, me baseie em informações disponíveis em inúmeros documentos bibliográficos amplamente conhecidos de órgãos públicos como Ibama e governo do Estado do Pará.

Sobre a extração de madeira na região, também me baseio em documentos similares, só que de entidades da sociedade civil. Sobre a expressão ‘sojeiro’ trata-se a muito tempo de uma expressão que extrapolou o sentido de ‘plantador de soja’, especialmente nesta região, onde a grilagem se vincula não somente à especulação imobiliária, mas a processos de tentativa de legalização fundiária para exploração de grandes empreendimentos econômicos. Recomendo a leitura dos documentos que falam sobre este assunto: http://www.saudeealegria.org.br/portal/userfiles/Publicacao_Nova_Olinda.pdf

http://www.observatoriodoagronegocio.com.br/page41/files/soja_para.pdf

http://www.greenpeace.org.br/amazonia/pdf/grilagem.pdf

Sobre o que está postado, não há até o momento mais nada a ser mudado, embora o seu direito à opinião divergente seja respeitado, permanecendo a sua postagem aqui. Caso novos fatos se comprovem, especialmente com fontes identificáveis, como a legalidade da madeira apreendida, os atores envolvidos e outros eventos subseqüentes, darei divulgação aos mesmos, não com medo de suas ameaças, mas pelo direito à informação.

Atenciosamente,

Unknown disse...

Sr. Candido Cunha,

Não é necessário usar aspas, quando se referir a mim, pois esse é realmente o meu verdadeiro nome.

Gostaria muito de mandar uma cópia da Autef referente ao projeto de manejo cuja madeira foi citada "aparentemente ilegal". Só basta me falar o e-mail ou fax para que eu possa lhe enviar uma cópia e assim, provar-lhe o que eu falo. Porque quando não se deve, não se teme. E temos todos os documentos provando isso.

E insisto ainda em lembrar que A SEMA E O IBAMA re-fizeram a vistoria das balsas (quando em sequestro pelo "movimento") e mesmo dando o parecer que estava 100% correto eles não liberaram a passagem.

Quanto aos "sojeiros", entendi o sentido que o senhor quis dizer. Porém, devo lembrar que nós não podemos nos responsabilizar por "antigos sojeiros". Trabalhamos cOm TUDO diante da lei e por isso somos respeitados pelas comunidades da Gleba Nova Olinda. É justamente por isso que as COMUNIDADES DA GLEBA NOVA OLINDA repudiam o movimento. (Também posso te mandar a cópia do documento provando isso).

Quanto as informações veiculadas no notatapajos, acredito que foram cometidos dos mesmo erros jornalísticos: Informante errado. Tenho tido certeza que se os prestigiados jornalistas da emissora em questão tivesse tido acesso a Balsa e perguntado dos documentos da madeira, o termo seria outro. Não existe provável. Se não pediram os documentos, não poderiam ouvir qualquer um afirmar isso e sair afirmando assim que é "provável ilegal". Mas até aí até dá pra se entender devido a distancia e dificuldade de acesso à região.

Sr. Cândido, não o ameacei. Não sou homem desta categoria. Se eu tiver que fazer uma coisa, eu simplesmente o faço. Mas como dito anteriormente, acredito na sua capacidade de diálogo e esclarecimento. Gostaria somente de mandar esses documentos para assim, você ter "fontes confiáveis" (o que você, não teve no post inicial) e assim convence-lo dos erros do post inicial para que o senhor possa fazer as devidas correções).

Sem mais para o momento,

Atenciosamente,

Telio

Anônimo disse...

Como democrático que é, apresento a vcs este vídeo que está no youtube, é sobre a manifestação que está acontecendo. Espero contribuir para o esclarecimento da situação
http://www.youtube.com/watch?v=-O1xdoaNdnE

Gabriel Malta