“O capitalismo costumava ser como uma águia, mas agora se parece mais com um urubu, sugando o sangue dos povos. Não é possível haver capitalismo sem racismo”. Disse certa vez Malcom X, militante radical do movimento negro americano, símbolo da luta contra o racismo e da necessidade de compreendê-la integrada à luta anticapitalista.
Em boa parte da vida, Malcolm, apesar de ver o “sistema” como principal inimigo, não compreendeu a necessidade da unidade classista também na luta anti-racista, vendo praticamente todos os brancos como inimigos em potencial. Apesar disso, diferentemente de muitos líderes da época, jamais acreditou na possibilidade de reformar o sistema e muito menos de derrotá-lo por vias pacíficas, como acreditava Marther Luther King, por exemplo.
Defendendo que a luta contra o racismo deveria se dar “de qualquer forma que fosse necessária”, Malcolm foi, aos poucos, adquirindo uma consciência mais internacionalista e classista. Não só saudou a luta pela independência na África, como apontou a Revolução Cubana como parte da “rebelião dos oprimidos contra os opressores”. Aderiu ao islamismo ao mesmo tempo em que se tornou socialista. Malcom foi assassinado em 1965 aos 39 anos, mas é até hoje um símbolo do movimento negro indepedente, de luta e socialista.
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