A comunidade decice não queimar a embarcação (como geralmente é feito), e, sim, colocar em cima do morro, para servir como exemplo, para o resto da população. "Com esse, já somam dez barcos, que pegamos pescando ilegalmente". A contagem começou em, junho deste ano quando iniciaram protestos que chegaram a parar a rodovia.
"A decisão de fiscalizarmos é porque o Ibama, além de não conhecer os barcos que pescam ilegalmente, só os prendem se houver o flagrante", diz um pescador. Ele explica ainda que a cada dia a captura do marisco fica mais escassa, por conta da pesca predatória e, quando vão puxar os manzuás, muitos deles vêm com animais mortos dentro de sacos plásticos.
Conflito antigo
Em 8 de julho deste ano, os pescadores de redonda atearam fogo a uma embarcação que pescava ilegalmente no litoral, o ato foi uma forma de protesto contra a pesca predatória que se intensifica na região. A decisão se baseia nos problemas que a comunidade de pescadores artesanais têm enfrentado devido à concorrência desleal da pesca com o uso de redes de arrasto, compressores e marambaias.
Além da apreensão de barcos, os pescadores artesanais bloquearam a rodovia de acesso à praia.
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*Com informações do jornal Diário do Nordeste, de Fortaleza.