A rodovia Transamazônica encontra-se bloqueada a altura do município de Uruará, no Pará. São aproximadamente 1.500 agricultores e ribeirinhos que exigem a definição fundiária da Terra Indígena Cachoeira Seca.
O protesto deve-se a incertezas na definição da área da Terra Indígena, especialmente após o início da demarcação da mesma pela Funai, que acabou sendo interrompida.
Esse é apenas mais um capítulo nesta longa história. Durante o regime militar o incentivo para a colonização da Amazônia pela Transamazônica trouxe milhares de camponeses para a região, onde foram assentados. Em 1985, durante a abertura de um travessão para assentamento de famílias houve a identificação de índios da etnia Arara, já bastante debilitados pelo contato com a frente colonizatória e por conflitos com antigos seringueiros.
Em 1986, a Funai realiza os primeiro contatos com esse grupo, mas a esta altura o Incra já promovia o assentamento de famílias dentro e fora da área interditada para contato, assim como promovia a abertura de novos travessões. Ao mesmo tempo, a madeireira Bannach avançava com uma estrada até o rio Iriri, sendo seguida pela instalação de novas famílias de camponeses.
Com o passar dos anos, novas famílias foram se instalando, novos assentamentos foram criados no entorno da área e pecuaristas e grileiros se aproveitaram para também adentrar no entorno e no interior da Terra Indígena.
Em 2005 a Funai conclui os estudos antropológicos do grupo e em 2008 teve inicio a demarcação. Os limites diferem da área interditada e inicialmente prevista, havendo uma sobreposição com áreas de colonização e de antigos projetos de assentamentos que anteriormente não faziam parte da área indígena. Estranhamente, uma grande área sem destinação e anteriormente interditada como parte da Terra Indígena é excluída do perímetro a ser demarcado.
Além de colonos há povos de antigos seringais que habitam as proximidades do rio Iriri. A falta de diálogo do governo com a população local é apontada como um dos principais motivos do protesto. A área abrange partes do municípios de Uruará, Placas e Altamira.
O movimento iniciado em Uruará pelo STTR local e pela FETAGRI exige a revisão da Portaria que determina os atuais limites da Terra Indígena. O movimento esclarece ainda que não é contra os indígenas e sim contra o governo. Uma audiência marcada para o dia 27 para negociação não ocorreu pela ausência da Funai, que avisou que não sentia “segurança” para comparecer. Agora o movimento exige a presença dos presidentes da Funai e do Incra.
O protesto deve-se a incertezas na definição da área da Terra Indígena, especialmente após o início da demarcação da mesma pela Funai, que acabou sendo interrompida.
Esse é apenas mais um capítulo nesta longa história. Durante o regime militar o incentivo para a colonização da Amazônia pela Transamazônica trouxe milhares de camponeses para a região, onde foram assentados. Em 1985, durante a abertura de um travessão para assentamento de famílias houve a identificação de índios da etnia Arara, já bastante debilitados pelo contato com a frente colonizatória e por conflitos com antigos seringueiros.
Em 1986, a Funai realiza os primeiro contatos com esse grupo, mas a esta altura o Incra já promovia o assentamento de famílias dentro e fora da área interditada para contato, assim como promovia a abertura de novos travessões. Ao mesmo tempo, a madeireira Bannach avançava com uma estrada até o rio Iriri, sendo seguida pela instalação de novas famílias de camponeses.
Com o passar dos anos, novas famílias foram se instalando, novos assentamentos foram criados no entorno da área e pecuaristas e grileiros se aproveitaram para também adentrar no entorno e no interior da Terra Indígena.
Em 2005 a Funai conclui os estudos antropológicos do grupo e em 2008 teve inicio a demarcação. Os limites diferem da área interditada e inicialmente prevista, havendo uma sobreposição com áreas de colonização e de antigos projetos de assentamentos que anteriormente não faziam parte da área indígena. Estranhamente, uma grande área sem destinação e anteriormente interditada como parte da Terra Indígena é excluída do perímetro a ser demarcado.
Além de colonos há povos de antigos seringais que habitam as proximidades do rio Iriri. A falta de diálogo do governo com a população local é apontada como um dos principais motivos do protesto. A área abrange partes do municípios de Uruará, Placas e Altamira.
O movimento iniciado em Uruará pelo STTR local e pela FETAGRI exige a revisão da Portaria que determina os atuais limites da Terra Indígena. O movimento esclarece ainda que não é contra os indígenas e sim contra o governo. Uma audiência marcada para o dia 27 para negociação não ocorreu pela ausência da Funai, que avisou que não sentia “segurança” para comparecer. Agora o movimento exige a presença dos presidentes da Funai e do Incra.