domingo, 6 de dezembro de 2009

Pará: o que a mídia não diz...


É quase silenciosa a cobertura da mídia paraense no episódio da chamada “Operação Castelo de Areia” da Polícia Federal. Foram encontrados nomes de políticos e funcionários públicos do PT e do PMDB paraense numa lista contida num pen drive apreendido na sala de um diretor da empreiteira Camargo Corrêa.

O Ministério Público Federal denuncia que a Camargo Corrêa teria pago 4 milhões de reais em propinas em várias obras país a fora. No Pará, o esquema visava a manutenção da licitação dos hospitais regionais de Belém, Santarém, Altamira, Breves e Redenção.

Quando a governadora Ana Júlia tomou posse os hospitais estavam semi-prontos, entregues pelo governo Simão Jatene, do PSDB. No novo governo, a Secretaria de Saúde ficou sobre controle do PMDB. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o PT aparece nos documentos como beneficiário de R$ 230 mil e o PMDB, de R$ 130 mil.

A propina teria sido paga porque o governo do PT queria cancelar as licitações feitas pelo governo anterior e deixar de pagar valores a receber pelas obras dos hospitais regionais. A Caramgo Corrêa teria pago, então, para receber pelas obras já construídas pela administração anterior, cujos recursos teriam sido deixados em caixa pelo governo tucano.

A Polícia Federal ainda não revelou os nomes dos políticos paraenses que receberam a propina da Camargo Correa, mas o silêncio da imprensa local é extremamente reveladora.
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